Ministro pede a operadoras para remover ícone de 5G de celulares em rede DSS
Com o 5G “puro” mais próximo do Brasil, o Ministro das Comunicações, Fábio Faria, pediu às operadoras que parem de usar o ícone da tecnologia em redes DSS. Um ofício encaminhado às empresas na terça-feira (18) solicita que o ícone só apareça em dispositivos ou em campanhas publicitárias quando os sistemas 5G Standalone Release 16 estiverem operando no país com seus sinais devidamente conectados aos próprios.
A decisão de Faria trata de um tema que, na prática, já é capaz de gerar confusão entre os consumidores brasileiros. Muitas operadoras oferecem a seus clientes acesso à tecnologia 5G DSS, que usa frequências do 4G LTE para entregar mais velocidade e latência reduzida. Contudo, embora sejam melhores que o 4G convencional, na prática não correspondem aos avanços da nova geração da conectividade móvel.
No ofício, o Ministério das Comunicações afirma que o uso do ícone no momento atual estaria induzindo a população brasileira a acreditar que a tecnologia 5G já foi implementada no país, não deixando claro as informações corretas aos consumidores.
Operadoras e fabricantes devem fazer mudanças
O que torna a solicitação de Faria complicada são as mudanças a serem realizadas para atendê-la. Deixar de usar o ícone 5G nas conexões 5G DSS implicaria em alterações para as operadoras, que precisaram mexer em todas as suas estações-rádio base (ERB). Além disso, as fabricantes de aparelhos e desenvolvedoras de software teriam que reprogramar os dispositivos já disponíveis no mercado, muitos dos quais usam a conectividade como parte de suas peças de marketing.
O leilão do 5G “puro” no padrão Standalone Release 16 para o Brasil está programado para acontecer em julho deste ano. A previsão é a de que, um ano após sua realização, todas as capitais brasileiras contem com a tecnologia. A projeção é que, até 2029, todas as cidades com mais de 30 mil habitantes também estejam equipadas com a infraestrutura adequada.
Segundo a determinação do Ministro das Comunicações, somente a partir da oferta do 5G “puro” é que o ícone poderá voltar a ser utilizado pelas companhias. Com promessas de entregar velocidades de 50 a 100 vezes maiores que o 4G e latência reduzida, a nova tecnologia deve revolucionar áreas que vão do streaming de conteúdos à telemedicina, entre diversas outras áreas.
Fonte: Teletime