Instagram tem engajamento 4x maior que o Facebook desde o início da pandemia
Uma pesquisa realizada pela mLabs – plataforma de gerenciamento de mídias sociais – aponta que o Instagram “surrou” o seu “primo” Facebook, com uma taxa de engajamento quatro vezes maior desde o início da pandemia, no início de 2020.
De acordo com a pesquisa, o feed do Instagram apresentou uma taxa de engajamento de 9,30% no último trimestre de 2020, um número 7,29% maior do que no primeiro trimestre do mesmo ano. Em contrapartida, o Facebook apresentou uma queda de 7,69%, quando comparado o último trimestre de 2020 ao primeiro.
Para a análise de engajamento, são considerados curtidas, compartilhamentos, comentários, cliques, reactions (Facebook) e interações nos recursos do Instagram Stories. Os dados revelaram também que, no período analisado, o feed do Instagram engajou mais do que os seus Stories. A média da taxa de engajamento do Feed foi 36% maior em comparação aos vídeos curtos, o que reforça a importância de empresas, profissionais da área e agências trabalharem os dois formatos na estratégia de forma integrada e complementar.
Outro dado a ser observado é que, na maioria dos setores, os perfis menores, isto é, os de até 10 mil seguidores, engajaram mais. No Instagram, eles obtiveram um crescimento médio de 10,79% na taxa de engajamento no último trimestre de 2020; já no Facebook, o incremento foi de 2,59%.
“Na pesquisa da mLabs, apesar da maioria dos perfis menores ter taxas de engajamento maiores, isso não foi absoluto para todas as categorias. Além disso, as taxas não são tão distantes entre as faixas. Isso eleva a importância de que o conteúdo em si é que manda nessa relação de taxa de engajamento e todo o resto são variáveis periféricas”, explicou Rafael Kiso, fundador e CMO da mLabs.
Ainda segundo o executivo, dentro dos perfis menores, um fato a ser destacado é que eles geralmente têm taxas de engajamento maiores em função do Dunbar’s number. Isso significa que muitos dos seguidores são mais próximos do perfil ou do negócio e são elos mais fortes que acabam engajando mais em mais posts. Outro fato é que, conforme a pandemia avança, mais negócios entram nas redes sociais, fazendo sua digitalização. Quanto mais negócios, mais posts dentro de uma mesma rede. Portanto, maior a concorrência pela atenção.
“[Essa entrada de novos players nas redes] diminui o alcance médio geral dos posts, mas não necessariamente o engajamento. Tudo isso fica evidente ao ver que o engajamento geral do último trimestre de 2020 foi maior que o do primeiro. Mais uma prova de que o conteúdo em si é que pesa mais”, acrescenta Kiso. “Para isso, as empresas estão aprendendo a fazer melhor seus conteúdos, visto que, ao longo de 2020, muitos procuraram se educar sobre o assunto. Inclusive, de acordo com o Google Trends, tivemos em abril e maio de 2020 um pico de buscas por conhecimento de marketing digital e uma proliferação de lives ensinando isso”.
Temas
Finanças movimentou mais engajamento no Instagram
Segundo a pesquisa da mLabs, a crise financeira gerada pela pandemia de Covid-19, o medo de perder o emprego e as demais variáveis provocadas pela crise do coronavírus fizeram com que as pessoas se interessassem e interagissem mais com marcas do setor financeiro no Instagram. Na rede social em questão, o setor de Finanças foi o que apresentou a melhor performance no final do ano passado em comparação ao primeiro trimestre de 2020, com crescimento de 35,97% na taxa de engajamento.
Outros setores que também tiveram incremento em engajamento na plataforma, com destaque para Saúde/Higiene e Celebridade/Figura Pública, com crescimento de 31,84% e 20,94%, respectivamente. As últimas posições são ocupadas pelos segmentos de Esporte, Automotivo / Alimentos e Eletrônicos. Esses setores foram os que pior performaram na comparação entre o último e o primeiro trimestre do ano passado no canal, apresentando queda de 14,70%, 10,79% e 10,21% respectivamente.
Bebidas foi o tema mais popular no Facebook
Já no Facebook, quem apresentou melhor performance foi o segmento de Bebidas, que teve um crescimento de 86,73% na taxa de engajamento no final do ano de 2020 em comparação com o primeiro trimestre do mesmo ano. Outros que tiveram boa performance no canal foram os de Celebridades/Figura Pública e Esportes, com crescimento de 11,37% e 0,61%, respectivamente.
As últimas colocações no ranking de engajamentos no Facebook são ocupadas por Eletrônicos, Moda / Luxo / Beleza e Alimentos. Esses segmentos foram os que pior performaram na comparação entre o último e o primeiro trimestre de 2020 no canal, apresentando queda de 42,31%, 41,44% e 41,31% respectivamente.
Banco de dados
Para a realização da pesquisa, que teve como objetivo contribuir para o entendimento do comportamento dessas mídias pelos profissionais da área e pela comunidade empreendedora, foram coletados dados de perfis comerciais, que possuem até 500 mil seguidores, entre janeiro e dezembro de 2020, e também analisadas mais de 720 milhões de publicações agendadas pela mLabs.
Segundo a mLabs, esse é a primeira pesquisa no mercado brasileiro que traz o engajamento real e não o público, ao mostrar a taxa de engajamento por meio do alcance e impressões dos posts, e não pelo número de seguidores. Segundo Kiso, isso traz um resultado mais fidedigno, devido ao tamanho da sua base de dados. “Na metodologia, dentre outros pontos, avaliamos mais de 700 milhões de posts publicados pela mLabs”, explicou. “Com isso, buscamos trazer percepções gerais que servem como um parâmetro para aqueles que estão dando os primeiros passos ou buscam aprimorar sua estratégia no Facebook e no Instagram”, completou.
Para acessar a pesquisa completa, clique aqui.