Facebook já estaria trabalhando em software para competir com o Clubhouse
Nos últimos dias, a rede social de conversas por áudio, em tempo real, vive um momento de alta, com inúmeros usuários correndo atrás de um convite para entrar no Clubhouse. Aproveitando esse interesse pelo novo formato, o Facebook já estaria trabalhando em uma versão própria do aplicativo ou ainda em um recurso para ser implementado nas redes da companhia, segundo fontes da área.
Fundado no ano passado por Rohan Seth, um ex-funcionário do Google, e por Paul Davison, empresário do Vale do Silício, o Clubhouse passa por um pico de downloads, mesmo ainda restrita a pessoas que recebem convites e a usuários de iPhone. Inclusive, o próprio Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, marcou presença na plataforma, no último domingo (7), para falar sobre Realidade Aumentada (RA) e Virtual (RV). Além dele, Elon Musk também entrou na rede.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal The New York Times, os executivos do Facebook estaria coordenando a criação de um produto semelhante ao Clubhouse. No entanto, o recurso ainda estaria em seus estágios iniciais de desenvolvimento. Até o momento, nenhum porta-voz do Facebook ou do Clubhouse quiseram comentar o assunto.
Histórico do Facebook
Quem acompanha a trajetória do império do Facebook sabe que a companhia tem um histórico em acompanhar, de perto, novas tecnologias e aproveitar insights de diferentes aplicativos que atraiam usuários, especialmente se esse público for jovem. Vale lembrar, por exemplo, que Zuckerberg já comprou o Instagram — o app que um dia foi, especificamente, para o compartilhamento de fotos — e o WhatsApp para mensagens rápidas.
Agora, quando não era possível a compra de um concorrente, o Facebook também aproveitou de algumas ideias populares da internet, como em 2016, quando o Instagram lançou o recurso Stories, inspirado no Snapchat. Em 2020, o app desenvolveu o Reels para vídeos semelhantes aos compartilhados no TikTok, por exemplo.
No ano passado, o Clubhouse foi avaliado em US$100 milhões (mais de 530 milhões de reais) e, agora, deve ver o seu valor de mercado crescer ainda mais. Com o aumento da popularidade, na segunda-feira (8), o app foi bloqueado na China depois que usuários de Taiwan e Hong Kong aproveitaram o espaço para discutir tópicos políticos.
Fonte: NYT