Apple perde batalha judicial contra startup de segurança
A batalha judicial que se estendeu ao longo de 2020 entre a Apple e a Corellium chegou ao fim. A startup de pesquisa de segurança obteve uma importante vitória legal em um tribunal da Flórida contra a fabricante do iPhone, que chegou a acusá-la de criar uma cópia não autorizada do iOS.
Tal cópia era fornecida a investigadores de segurança e hackers para descobrirem falhas no sistema sem que a Apple estivesse diretamente envolvida. Em sua defesa, a Maçã alegava que o sistema da Corellium poderia comprometer a segurança do iOS e dos seus usuários caso fosse fornecido às pessoas erradas.
No entanto, segundo reporta o The Washington Post, o juiz responsável pelo caso, Rodney Smith, rejeitou as alegações da Apple e afirmou que a Corellium usou o sistema iOS dentro dos termos do “fair use” nos EUA – que permite o uso de material protegido por direitos autoriais sob certas circunstâncias. Ou seja, não violou os direitos da empresa de Tim Cook.
O juiz decidiu que a criação de “iPhones virtuais” pela Corellium não foi uma violação de direitos autorais, em parte porque foi projetado para ajudar a melhorar a segurança para todos os usuários do iPhone. A ferramenta de pesquisa foi criada para um número comparativamente pequeno de clientes, não sendo uma forte concorrente à Apple.
A intenção inicial da Apple era de adquirir a Corellium em 2018, de acordo com registros do tribunal. Quando as negociações de compra pararam, ela então processou a startup.
Dispositivos iOS compartilhados
Por falar no sistema operacional da Maçã, a empresa deve permitir em breve que dispositivos iOS suportem múltiplos usuários. A companhia já está pesquisando um desenvolvimento de sua tecnologia Secure Enclave para permitir que iPhones e iPads possam ser compartilhados por mais de um usuário, sem revelar informações privadas a terceiros.
O “fornecimento de domínios com o Secure Enclave para oferecer suporte a vários usuários” é uma patente recentemente concedida à Apple. Como o Mac já tem suporte para múltiplos usuários, o objetivo mais provável desta patente é trazer a funcionalidade para os outros dispositivos iOS. Tudo isso, claro, de maneira segura.
Fonte: The Washington Post