Saúde recomenda vacina da Pfizer em crianças de 6 meses a 2 anos com comorbidades
Nota técnica da pasta reforçou a eficácia do imunizante na prevenção de casos graves da Covid-19
O Ministério da Saúde editou uma nota técnica recomendando a vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças entre 6 meses a 2 anos de idade com comorbidades.
O esquema de imunização tem três doses: o intervalo entre as duas primeiras doses deve ser de quatro semanas; já a terceira dose será aplicada após pelo menos oito semanas da segunda.
A pasta ressaltou a eficácia e segurança do imunizante nesta faixa etária, ressaltando que outros países também a utilizam. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso dessa vacina para crianças de 6 meses a 4 anos de idade em 16 de setembro de 2022.
“Para esta avaliação, a Agência contou com a consulta e o acompanhamento de um grupo de especialistas, que teve acesso aos dados dos estudos e resultados apresentados pelo laboratório. As informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz também para crianças entre 6 meses e 4 anos de idade”, explica a nota.
Além disso, “a ampliação da vacinação para esta faixa etária possibilitará maior segurança aos pais cujas crianças frequentam berçários, escolas e ambientes externos”. Outra justificativa é a utilização da vacina Coronavac para as crianças a partir dos 3 anos de idade.
Segundo a pasta, esse imunizante poderá ser aplicado com as demais vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação.
Não é recomendado que as crianças entre 6 meses e 2 anos de idade com comorbidades tomem vacinas contra a Covid-19 de mais de um fabricante.
“Sobre a intercambialidade de vacina Covid-19, ressaltamos que a série primária deverá ser realizada sempre com o mesmo imunizante, não sendo recomendada a intercambialidade com outras vacinas Covid-19”.
Ainda de acordo com a nota, “a recomendação para crianças sem comorbidades nesta faixa etária será avaliada após a aprovação para incorporação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e disponibilidade do imunizante”.
De acordo com o Ministério da Saúde, o risco de desenvolver casos graves da Covid diminui quanto menor a idade, mas em crianças menores de 2 anos o risco aumentou.
“Esta população teve a incidência de SRAG pela Covid-19 e a taxa de mortalidade pela doença superiores à população de 3 a 19 anos de idade”, diz a nota.
A pasta informou que, desde o início da pandemia até o momento, foram confirmados 1.465 óbitos por Covid-19 em crianças menores de 2 anos de idade, e cerca de 25.342 mil internações em todo o país.