O setor de saúde exige atenção na escolha da plataforma de dados
O sucesso na implementação de inovações como remuneração por performance, telemedicina e proteção de dados depende de decisões assertivas
Algumas das principais mudanças que estão ocorrendo no setor da saúde têm um ponto em comum: para ser implementadas com sucesso, elas dependem de uma plataforma de dados e de outras ferramentas robustas que reúnam atributos como interoperabilidade, alta performance e escalabilidade.
Essas transformações incluem a transição do sistema de remuneração baseado em serviços prestados (fee for service) para o modelo que leva em conta o sucesso do tratamento (fee for performance), a inteligência artificial (IA) no suporte ao diagnóstico, a telemedicina e o cumprimento das normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A escolha das soluções tecnológicas mais adequadas a essas inovações constitui hoje uma das decisões estratégicas mais importantes para o futuro de hospitais, laboratórios, operadores de planos de saúde e outras empresas do setor.
Avi Zins, consultor de Healthcare da Intersystems, afirma que o conjunto de soluções oferecido pela InterSystems para a área da saúde é um dos melhores disponíveis no mercado. Fazem parte do grupo a plataforma de dados InterSystems IRIS for Health, o software de compartilhamento de registros clínicos eletrônicos InterSystems HealthShare e o sistema unificado de informações de saúde InterSystems TrakCare.
“A transição do fee for service, que incentiva pouco a qualidade do atendimento, para um sistema baseado no desfecho clínico e na eficácia do tratamento do paciente torna-se cada vez mais importante.”
Avi Zins, CEO da Carri Strategic Consulting
Segundo Zins, essas transformações devem se acelerar nos próximos anos. Em sua avaliação, a transição do modelo de remuneração será vital para a própria sustentabilidade do negócio. “As operadoras têm tido margens muito baixas e o envelhecimento da população aponta para um aumento grande da sinistralidade”, ele afirma. “A transição do fee for service, que incentiva pouco a qualidade do atendimento, para um sistema baseado no desfecho clínico e na eficácia do tratamento do paciente torna-se cada vez mais importante.”
Em termos tecnológicos, de acordo com Zins, essa mudança depende de soluções que permitam a interoperabilidade entre os sistemas de hospitais, laboratórios, consultórios médicos e outras unidades envolvidas no chamado “registro eletrônico de saúde”. “Só assim”, ele diz, “será possível fazer uma gestão melhor das informações e da saúde do paciente.”
TELEMEDICINA
No caso da telemedicina, Zins acredita que o atendimento virtual deva se tornar a principal forma de atenção primária, filtrando de maneira mais eficiente o encaminhamento dos pacientes aos hospitais e contribuindo também para a sustentabilidade dos sistemas de saúde públicos e privados. “Evitar idas desnecessárias aos hospitais proporciona uma redução enorme dos custos que as operadoras e os governos têm hoje com a saúde dos usuários”, explica.
A tecnologia será especialmente relevante para a adoção de soluções de inteligência artificial para dar suporte à decisão clínica. “Eu costumo brincar que existe uma diferença grande entre hospital digitalizado e hospital digital”, diz o consultor. “No digitalizado, o médico simplesmente deixa de escrever no papel e passa a preencher o prontuário no computador. Já o digital permite que ele tenha o suporte de sistemas baseados em informações estruturadas e não estruturadas dos pacientes que tenham origem, por exemplo, nos equipamentos que estejam monitorando seus parâmetros de saúde à beira do leito hospitalar ou mesmo em casa.”
Na avaliação de Zins, a chegada do 5G, que aumentará muito a velocidade da transmissão de dados, tornando-a praticamente instantânea, deve impulsionar bastante o monitoramento da saúde à distância e a adoção de novas ferramentas de IA. Ele ressalta que a plataforma IRIS for Health dispõe de toda a integração com as principais ferramentas de IA disponíveis no mercado. “Isso permite um trabalho de desenvolvimento de soluções de IA ligadas às informações interoperadas pela tecnologia da InterSystems”, afirma.
PROTEÇÃO DE DADOS
Proteger a privacidade dos pacientes é outro desafio que exige extremo cuidado na escolha da plataforma de dados e dos sistemas utilizados pelos provedores de saúde, principalmente após a entrada em vigor da LGPD, em setembro. “A lei pode gerar uma série de multas e é uma área de extrema sensibilidade no mercado”, afirma o consultor. Essa ferramenta traz toda uma condição de consentimento e aprovação pela qual o paciente autoriza o acesso a seus dados a quem ele quiser”, explica.
O desempenho superior da plataforma InterSystems IRIS é reconhecido pelos especialistas em TI. Um teste comparativo envolvendo outras três ferramentas foi validado recentemente pela empresa de pesquisas Enterprise Strategy Group (ESG), que avaliou quesitos relacionados às taxas de ingestão e consulta de dados em situações de alta demanda. Em ambos os casos, a plataforma IRIS apresentou os melhores resultados, como atestou o coordenador do estudo, Kerry Dolan, no relatório da pesquisa.