Lucrando bilhões com vacinas, Pfizer aposta em alta demanda por anos
A pandemia do coronavírus SARS-CoV-2 está longe do seu fim e, neste cenário, a farmacêutica norte-americana Pfizer aposta que a demanda pela vacina contra COVID-19, desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, pode impulsionar suas receitas por anos. Só nos primeiros três meses deste ano fiscal, o lucro líquido foi de US$ 4,877 bilhões (cerca de 26 bilhões de reais).
De acordo com a BBC, a Pfizer espera por uma “demanda durável” pela vacina Pfizer/BioNTech contra a COVID-19, de forma semelhante ao que acontece com os imunizantes adotados contra a gripe. Neste caso, uma nova dose — reformulada para as cepas em circulação da influenza — é aplicada anualmente, o que garantirá ainda mais fôlego para os acordos comerciais.
“Com base no que vimos, acreditamos que uma demanda durável por nossa vacina contra a COVID-19, — como das vacinas contra a gripe — é um resultado provável”, afirmou o CEO da empresa Albert Bourla.
Cifras bilionárias na venda de vacinas contra a COVID-19
Nos primeiro trimestre deste ano, teve lucro líquido de US$ 4,877 bilhões (cerca de 26 bilhões de reais), o que equivale a um lucro de US$ 0,86 por ação, de acordo com balanço anunciado nesta terça-feira (4). Este resultado é 45% maior do que o ganho de US$ 3,355 bilhões (cerca de 18,1 bilhões de reais) que foi calculado no mesmo período do ano passado.
Em paralelo a essas cifras bilionárias, governos do mundo todo ainda lutam para combater a pandemia da COVID-19 e comprar mais doses. No caso brasileiro, o primeiro lote da fórmula com 95% de eficácia começou a ser distribuído na segunda-feira (3). Inclusive, um novo contrato para mais 100 milhões de doses pode ser firmado entre as partes, ainda.
Até o final deste ano, a Pfizer estima uma previsão de lucro, por ação, entre US$ 3,55 e US$ 3,65. Enquanto isso, a projeção de receita é de US$ 70,5 bilhões a US$ 72,5 bilhões. Neste caso, a menor receita começa em 382 bilhões de reais. No momento, a vacina já é o produto mais vendido pela Pfizer no ano, o que faz com que outras formulações já conhecidas percam protagonismo.
Vale lembrar que as negociações ainda não acabaram para 2021, como é o caso do Brasil. Dessa forma, a Pfizer aguarda por mais acordos e já está em negociações para o fornecimento das vacinas Pfizer/BioNTech com vários países para 2022. É importante ressaltar que tanto as despesas quanto os lucros da fórmula contra a COVID-19 são divididos igualmente entre a Pfizer e o parceiro alemão BioNTech.