Levantamento da UFT indica alto crescimento de casos de síndrome respiratória no TO de 2019 para 2020
Cinco professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) de Geografia, um acadêmico do curso e outro de Economía, um geógrafo formado na instituição e o técnico do Laboratório de Geoprocessamento estão produzindo de casa, diariamente, mapas sobre a evolução da Covid-19 no Tocantins. A equipe ainda fez um levantamento para comparar o número de casos de síndrome respiratória aguda (SRAG) – sintoma de paciente do novo coronavírus – de 2019 e 2020.
Aumento de casos de SRAG
Nos dados levantados pela equipe sobre SRAG, é possível constatar um aumento considerável nos primeiros meses de 2020 se comparado ao mesmo período de 2019. Nas comparações de janeiro, fevereiro e março é possível conferir que a quantidade mais do que dobrou. A equipe também levantou números de abril até o dia 16, que ainda assim já tem mais notificações de´síndrome respiratória do que o mesmo mês em 2019.
Geógrafos pela saúde
À frente do projeto, o professor universitário Rodolfo Luz conta que o trabalho começou em meados deste mês. “Recebemos o convite do professor do curso de Geografia, Rosemberg Ferracini, que inseriu nosso laboratório numa rede nacional denominada ‘Rede de Geógrafos para a Saúde’, que envolve cerca de 60 pesquisadores, em ao menos 20 unidades da federação, de diversas instituições de ensino e pesquisa”, conta.
Componente geográfico
Rodolfo Luz ressalta que uma pandemia possui um componente geográfico básico, que é a expansão territorial, aspecto que defende que precisa ser bem estudado. “As políticas públicas voltada para a contenção de sua expansão, bem como para a análise da capacidade do sistema de saúde de um território, só serão efetivas se o aspecto espacial do fenômeno for muito bem compreendido. Neste ponto, não só o geoprocessamento, mas toda a ciência geográfica pode fornecer elementos teóricos e metodológicos essenciais”, afirma.
Comparação geográfica: