COVID-19 | Voluntários à vacina russa desenvolvem resposta imune e têm alta
Esta segunda-feira (20) tem sido sinônimo de boas notícias em relação às vacinas contra a COVID-19. Acontece que a Rússia anunciou sucesso na conclusão da fase de ensaios clínicos de sua vacina, realizados no Hospital Militar Central Burdenko, em Moscou, em conjunto com o Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. Inclusive, durante um comunicado à imprensa, o Ministério da Defesa russo contou que o segundo grupo de voluntários recebeu alta.
Segundo as autoridades russas, os resultados das análises mostram de forma inequívoca que todos os voluntários desenvolveram uma resposta imune como resultado da vacina, e não provocou “complicações” ou “reações indesejadas”. Basicamente, os voluntários foram vacinados em 23 de junho e serão submetidos em 4 de agosto a uma nova série de análises de controle para confirmação dos resultados e inocuidade da vacina.
Além disso, o Ministério da Defesa do país também afirmou que os ensaios clínicos foram realizados “em concordância com a metodologia científica e com a legislação em vigor, sem encurtar os prazos da investigação para que sejam evitados riscos posteriores”.
Hackers russos acusados de atacar pesquisadores
No entanto, nem só de boas notícias vive a Rússia. No último dia 16, o país protagonizou polêmicas envolvendo hackers e vacinas. Acontece que, na ocasião, hackers russos foram acusados de atacar pesquisadores do Reino Unido, EUA e Canadá que desenvolvem vacinas contra o coronavírus. O grupo de hackers é conhecido como Cozy Bear ou APT29.
“É completamente inaceitável que a inteligência russa esteja atacando aqueles que estão trabalhando para combater a pandemia de coronavírus”, disse o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, sobre o assunto. “Enquanto outros buscam interesses egoístas, o Reino Unido e seus aliados trabalham duro para encontrar uma vacina e proteger a comunidade global”, continuou o representante do governo.
Inúmeros países integram uma corrida pelo desenvolvimento da vacina contra a COVID-19. Por enquanto, de acordo com a própria OMS, a mais adiantada no assunto está a produzida pela Oxford, que, inclusive, nesta segunda-feira (20) também divulgou resultados positivos em relação a seus testes.
Fonte: Deutsche Welle