Vacinas da China podem ter eficácia menor do que o esperado e necessitar de 3º dose
O governo da China está planejando o lançamento de uma terceira dose para aumentar a eficácia de suas vacinas. De acordo com um relatório, a imunidade pode perder muita força depois de seis meses e uma dose extra pode evitar isso.
O documento foi obtido pelo jornal The Washington Post e diz que a sugestão pela terceira dose foi feita por autoridades de saúde e finalmente está sendo acatada por Pequim, que já programa uma nova rodada de vacinação.
Essa não é a primeira vez que isso é sugerido. Nos Emirados Árabes, o governo anunciou uma terceira dose para quem recebeu a vacina da Sinopharm para aumentar a proteção concedida pelo imunizante. No Bahrein a vacinação extra é apenas para o grupo mais vulnerável.
Vacinas da China
O relatório não especifica quais vacinas da China vão ter essa terceira dose. Mas, o país usa um imunizante da Sinopharm e um da Sinovac, que também fabrica a CoronaVac, aplicada no Brasil. Todas essas são feitas a partir de vírus inativado, que têm a vantagem de serem relativamente fáceis de fazer, mas com a desvantagem potencial de fornecerem proteção mais fraca em relação aos imunizastes feitos à base de RNA, como o da Pfizer.
Os números de eficácia das vacinas da China não são muito completos. Com exceção da CoronaVac, testada no Brasil e que conseguiu pouco mais de 50% de eficácia geral. A Sinopharm divulgou pouco mais de 79% de eficácia, mas os dados completos não foram revelados.
Não são apenas as vacinas chinesas estão tendo uma terceira dose considerada. Nos Estados Unidos, autoridades de saúde já alertaram sobre a provável necessidade de uma terceira dose do imunizante da Pfizer 6 meses após a segunda.