Vacina para crianças é um direito, diz sociedade de pediatria
Em nota de repúdio, entidade classifica como “lamentável e irresponsável” negar a vacinação às crianças
A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) divulgou nesta 5ª feira (6.jan.2022) uma nota de repúdio aos “comentários de autoridades” sobre os possíveis riscos da imunização de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19.
“Negar este benefício às crianças sem evidências científicas sólidas, bem como desestimular a adesão dos pais e dos responsáveis à imunização dos seus filhos, é um ato lamentável e irresponsável, que, infelizmente, pode custar vidas”, diz o documento.
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Eis a íntegra da nota de repúdio (163 KB).
Segundo a entidade, “a população não deve temer a vacina” e sim a covid-19 e as suas complicações. O documento destaca a Síndrome Inflamatória Multissistêmica como um dos fatores que consolidam a “necessidade de imunização” do público infantil.
A nota cita a consulta pública realizada pelo Ministério da Saúde, em que a maioria dos participantes não concorda com a obrigatoriedade de prescrição médica. “O acesso das crianças à vacina contra a covid-19 é um direito que deve ser assegurado”, consta na nota.
A SBP apontou ainda a vacinação desse público como uma “estratégia importante” para diminuir as mortes por covid no público infantil. Além disso, a sociedade reiterou os estudos que comprovam a eficácia e a segurança do imunizante.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em 16 de dezembro a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Mas a imunização ainda não começou. Aguarda o aval do Ministério da Saúde e a chegada de doses pediátricas ao Brasil.