Vacina cubana entra na fase final de testes; turistas devem ser imunizados

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Uma das quatro vacinas contra a COVID-19 desenvolvidas em Cuba está prestes a entrar na fase final de testes no próximo mês, de acordo com informações do The New York Times. Com o avanço, o imunizante está a um passo de obter a aprovação de uso, o que irá proteger toda a população local e dar início ao processo de exportação.

Caso a vacina, batizada de Sovereign 2, se mostre eficaz no combate ao coronavírus, além de segura, a conquista será um marco para o sistema de saúde cubano. De acordo com um dos líderes da pesquisa, Vicente Vérez, não só os habitantes do país poderão ser vacinados, como também os turistas.

Richard Feinberg, pesquisador da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, especializado na política de Cuba, diz que a vacina não se trata apenas de medicina e humanitarismo, “mas um impulso para a reputação do setor de biotecnologia farmacêutica cubana”, permitindo que o país consiga comercializar outros produtos médicos. Cuba planeja também doar vacinas aprovadas para outros países, principalmente os mais pobres.

O setor de biotecnologia do país é conhecido por ser bem desenvolvido, produzindo oito das 12 vacinas que são administradas para crianças que vivem na ilha, exportando doses para mais de 30 países. Na fase 3, a vacina Sovereign 2 será testada em cerca de 150 mil pessoas em Cuba e no Irã, país que já demonstrou interesse em fazer a compra do imunizante. Além disso, o México também parece estar em negociações para participar dos testes finais.

A nova vacina funciona de forma semelhante à Novavax, dos Estados Unidos, mas exige três doses aplicadas em intervalos de duas semanas. O imunizante também tem como vantagem não ter a necessidade de ser mantido em um freezer, facilitando o armazenamento em países que não teriam condições de refrigeração em altas quantidades.

O governo cubano está otimista, prevendo a produção de 100 milhões de doses ainda neste ano, o que é mais do que suficiente para seus habitantes (atualmente de 11 milhões de pessoas) e também turistas. O país, no ano passado, registrou 12.225 casos de COVID-19 e 146 mortes.

Fonte: The New York Times

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