Pesquisadora critica burocracia da Anvisa
A lei que obriga a Anvisa a liberar em 72 horas todos os medicamentos registrados em agências internacionais caduca no dia 31 antes da aprovação de qualquer imunizante. A regra tem ligação com o Estado de Calamidade, que foi decretado até o fim de 2020.
Nesta segunda-feira, a Pfizer disse que desistiu de tentar a liberação emergencial no Brasil e vai buscar apenas o registro normal de sua vacina.
A pesquisadora da UFRJ, Cristina Barros, defende que a medida seja prorrogada. “Quem sabe o Congresso possa fazer um esforço, independente de recesso, porque o vírus não tem recesso”, diz ela.
Barros também falou sobre o pedido emergencial de liberação dos imunizantes. “O que a gente viu na nota da Pfizer é que a Anvisa talvez esteja sendo mais criteriosa que outras agências do mundo para liberar o uso emergencial a tal ponto que parece até ser um processo mais demorado e burocrático do que esperar a conclusão pela via normal da liberação da vacina”, afirma a pesquisadora.