Pazuello diz que distribuição das vacinas começa nesta segunda-feira às 7h
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, em coletiva de imprensa neste domingo (17), que o governo federal iniciará a distribuição das vacinas adquiridas até o momento aos estados a partir das 7h desta segunda-feira (18), e também previu o início da campanha de vacinação para quarta-feira (20), às 10h.
A afirmação do ministro foi feita pouco tempo depois de a diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar, por unanimidade, o uso emergencial das vacinas de Oxford/AstraZeneca e a Coronavac.
Em seu pronunciamento, o ministro afirmou que já determinou ao departamento logístico do Ministério da Saúde que faça a preparação específica dos lotes para cada estado e também para o Distrito Federal, e que, a partir das 7h de amanhã, os imunizantes começarão a ser distribuídos.
Sem se referir diretamente ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que participou de uma cerimônia para vacinar a primeira pessoa do país neste domingo, Pazuello afirmou que o governo federal não fará “uma jogada de marketing”.
“Poderíamos em uma jogada de marketing iniciar a primeira dose em uma pessoa, mas, em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”, disse o ministro.
“Quebrar a pactuação é desprezar a igualdade entre os estados e entre todos os brasileiros”
Eduardo Pazuello, ministro da Saúde
Total de vacinas
Segundo Pazuello, atualmente, o Ministério da Saúde possui atualmente 6 milhões de doses da Coronavac, que precisa ser aplicada em duas doses – ou seja, atendem 3 milhões de pessoas -, e aguarda a chegada de 2 milhões de doses do imunizante de Oxford da Índia “nesta semana”.
Na última quinta-feira (14) o governo brasileiro chegou a preparar um avião para buscar as doses da vacina na Índia, mas, após impasse com o governo local, a importação dos imunizantes ainda não foi realizada até este domingo.
De acordo com o ministro, as doses em posse do governo federal do imunizante fabricado pela farmacêutica chinesa são importadas, para as quais o uso emergencial já foi autorizado. As vacinas feitas pelo Instituto Butantan, segundo Pazuello, ainda não tiveram a solicitação para utilização emergencial formalizadas.