Hospital Sírio-Libanês suspende cirurgias eletivas e abre ala para acomodar mais pacientes com Covid
Hospital diz que medidas, que incluem também cancelamento de alguns exames, devem durar pelo menos 15 dias.
O hospital Sírio-Libanês divulgou nesta terça-feira (9) medidas para ampliar a acomodação de pacientes com Covid-19, dada a elevada taxa de ocupação de leitos. Foram suspensas cirurgias eletivas estéticas e funcionais e de intervenção guiada por imagem, além de exames também eletivos de colonoscopia, endoscopia, broncoscopia e exames ambulatoriais de polissonografia.
Uma ala de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi convertida em área destinada a atendimento exclusivo de contaminados pelo coronavírus e um andar foi aberto também para internação de pacientes com Covid-19.
O hospital passou a estimular a transferência de pacientes crônicos estáveis, que tenham condições de serem transferidos, para que sejam atendidos por clínicas de transição ou home care.
As medidas são temporárias e, inicialmente, têm duração prevista de 15 dias, podendo ser estendidas.
Leitos
Na última quinta-feira (4), a estrutura hospitalar da cidade de São Paulo para o combate à Covid-19 voltou a atingir um nível de pressão que não via há oito meses: a cada dez leitos de UTI operacionais para o tratamento de pacientes com suspeita ou confirmação da doença, oito estavam ocupados. Desde 28 de maio a taxa não ultrapassava os 80%.
O secretário da Saúde municipal de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou nesta terça-feira (9) que vai fazer um chamamento público entre hospitais particulares para para pedir ajuda no atendimento de pessoas internadas que não estão com Covid-19 e tentar, assim, liberar leitos de UTI da rede municipal para receber futuros pacientes com a doença.
“É uma corrida contra o tempo. Estamos atrás de leito para aguentar os próximos 15 dias, que serão de muita pressão. Transferindo pacientes que não estão com Covid-19 para a rede privada, a gente libera leitos de UTI para Covid-19”, disse Edson Aparecido.