Crime organizado vai tentar contrabandear vacina contra COVID-19, diz Interpol
Mesmo com muita polêmica a respeito do assunto, vários países já “decidiram” qual vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV2) será utilizada para imunizar seus cidadãos — o Brasil flerta com a chinesa Sinovac, enquanto o Reino Unido aprovou o uso do imunizante da estadunidense Pfizer. Independentemente de marcas, uma coisa é certa: logo mais teremos um submundo de vacinas contrabandeadas por membros do crime organizado.
Quem emitiu o alerta foi ninguém menos do que Jürgen Stock, secretário-geral da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). “Enquanto os governos se preparam para distribuir as vacinas, as organizações criminosas planejam se infiltrar ou interromper as cadeias de suprimento”, explica Stock, garantindo que os meliantes tentarão desviar “hordas” de doses dos imunizantes.
Esta não é a primeira vez que a Interpol debate a respeito da ação do crime organizado sobre as vacinas contra a COVID-19. Além do roubo de doses para comercialização no mercado negro, o órgão prevê que muitos criminosos tentarão vender imunizantes ilícitos ou fraudados, ou ainda “curas milagrosas” que não possuem qualquer tipo de embasamento científico. Isso, é claro, sem contar os golpes cibernéticos, que já existem aos montes.
Em outro comunicado publicado recentemente, Stock explicou que “a alta demanda, combinada com o estoque limitado, vai fazer com que as vacinas da COVID-19 sejam equivalentes a ouro líquido para redes de crime organizado uma vez que elas estejam disponíveis”. Essas ações, pontua Stock, podem dificultar ainda mais a imunização da civilização como um todo.
“É essencial que as forças de aplicação da lei estejam o mais preparadas possível para o que será um ataque violento de todos os tipos de atividades criminosas ligadas à vacina contra a COVID-19. É por isso que a Interpol emitiu este alerta global”, finaliza o executivo.
Fonte: Futurism