Com 51% de leitos vazios, BH recebe pacientes vindos de outros Estados
Segundo prefeito Alexandre Kalil (PSD), cinco pessoas diagnosticadas com covid-19 vieram do Pará para serem atendidas na capital mineira
Com uma taxa de ocupação de 49% para leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) específicos para tratamento de pacientes com covid-19, Belo Horizonte monitora pacientes que têm vindo de outros Estados em busca de atendimento médico.
De acordo com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), cinco pessoas contaminadas pelo novo coronavírus vieram do Pará para serem atendidas no Hospital Madre Teresa, na região Oeste de Belo Horizonte.
— Tem que olhar isso se essa onda continuar, e vamos olhar. O que não podemos fazer, hoje, é omissão de socorro. Se tem lugar, tem que olhar. Se vem do Pará, do Amazonas ou do Rio de Janeiro, é vida humana e não temos condição de colocar num avião e mandar de volta
Monitoramento
Ao todo, considerando leitos destinados a covid-19 e também para pacientes com outras doenças, a taxa de ocupação em Belo Horizonte é maior, de 75%. Segundo dados da secretaria municipal de Saúde, dos 906 leitos, cerca de 670 estariam ocupados, conforme levantamento feito no último domingo (3).
Segundo Kalil, a taxa de ocupação de leitos vem sendo monitorada e esse é um dos indicadores que será levado em conta na definição de uma data para reabertura gradual do comércio em Belo Horizonte. A Prefeitura de BH admite que a flexibilização do isolamento social pode ocorrer em 25 de maio.
— Hoje temos uma ocupação de menos de 49% [para leitos exclusivos de covid-19]. De ontem para hoje, esse número caiu. Mas é muito importante termos consciência de que isso muda em 24 horas. Amanhã posso estar aqui falando que estamos entrando em colapso.