Butantan deve produzir 17 milhões de doses da CoronaVac até o fim de março
No combate ao novo coronavírus (SARS-CoV-2), uma das grandes preocupações é o número de vacinas contra a COVID-19 disponíveis para o Brasil. Nesta segunda-feira (1), o Instituto Butantan anunciou que pretende entregar 17,3 milhões de doses da vacina CoronaVac, até o final de março. A previsão foi acompanhada de informações sobre a chegada de matéria-prima para a produção de novos lotes, já que as fábricas do instituto estão paradas.
Para a produção de novas doses da CoronaVac, o governo de São Paulo anunciou que a China liberou a exportação de mais 5,6 mil litros de insumos, mais especificamente o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Segundo o cronograma, a matéria-prima deve ser entregue até o dia 10 de fevereiro. Dessa forma, seria possível a produção de 8,7 milhões de doses do imunizante.
Além disso, o governo aguarda a chegada de outros 5,4 mil litros de insumos na próxima quarta-feira (3). A previsão é que a matéria-prima chegue às 23h30, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Com esse montante, o Butantan deve produzir, em cerca de 20 dias, mais 8,6 milhões de doses da CoronaVac contra a COVID-19.
Produção da CoronaVac
“Na quarta-feira teremos a chegada dos 5,4 mil litros. Chegarão em Viracopos e permitirão a produção de 8,6 milhões de doses que começarão a ser distribuídas ao Ministério [da Saúde] a partir do dia 25 de fevereiro. Essa notícia se complementa com a autorização, na manhã de hoje, para o embarque de mais 5,6 mil litros que deverão chegar na próxima semana, e também darão origem a 8,7 milhões de doses”, detalhou o diretor do Butantan, Dimas Covas.
“Isso nos permite prover, a partir do dia 25 de fevereiro, liberando em torno de 600 mil doses por dia até atingir o total de 17,3 milhões de doses em março”, estima Covas sobre a produção de novas doses da CoronaVac até março deste ano.
Além disso, um pedido adicional de mais oito mil litros de insumos foi autorizado, o que permitirá a produção das 46 milhões de doses acordadas. “É importante mencionar que temos um pedido adicional em andamento de 8 mil litros de matéria-prima além do que foi autorizado hoje. A produção com esse quantitativo de matéria-prima prosseguirá muito rapidamente até a integralização de 46 milhões”, estimou o diretor.
Vale lembrar que, até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso de forma emergencial de apenas dois imunizantes contra a COVID-19, a CoronaVac e a vacina de Oxford. Com as duas fórmulas, o Brasil já aplicou 2,1 milhões de doses de um imunizante, segundo a plataforma Our World in Data. Para a imunização completa contra o coronavírus, esses indivíduos deverão receber ainda uma segunda dose da fórmula.
Fonte: G1