Butantan conclui entrega de 100 milhões de doses da CoronaVac; e agora?

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Na quarta -feira (15), o Instituto Butantan entregou ao Ministério da Saúde mais 6,9 milhões de doses da vacina CoronaVac contra a covid-19. Dessa forma, foi encerrado o contrato para o fornecimento de 100 milhões de doses do imunizante contra o coronavírus SARS-CoV-2 ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) e, agora, levanta dúvidas sobre o futuro da fórmula.

“O Butantan, o primeiro a entregar vacinas ao Brasil em janeiro, é o primeiro também a concluir o seu contrato de 100 milhões de doses”, afirmou o presidente do Butantan, Dimas Covas, durante coletiva de imprensa. No entanto, nem todas as pendências com o PNI estão resolvidas.

 

Isso porque existem alguns lotes da CoronaVac em “quarentena”, já que foram enviados imunizantes da China para o Brasil, vindos de fábricas não inspecionadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por causa disso, os agentes da Anvisa ainda devem embarcar para o país asiático, verificar as condições de produção da vacina e, posteriormente, autorizar o uso dessas doses.

“Como é um processo que pode demorar, nós começamos a substituição das doses, porque o que importa é que as vacinas sejam aplicadas o mais rapidamente possível”, explicou Covas. Nesse caso, serão enviadas doses de fábricas já aprovadas, substituindo as vacinas que não estão autorizadas. A expectativa é que toda a troca ocorra até o final deste mês.

Futuro da CoronaVac

Com o fim do contrato com a Saúde, não há previsão de um novo pedido por doses da CoronaVac pelo governo federal. Inclusive, a pasta não recomenda, oficialmente, o uso deste imunizante como dose de reforço para idosos ou pessoas imunossuprimidas. No entanto, outros estados, como São Paulo, questionam a recomendação e adotam a fórmula como terceira dose.

De acordo com Covas, a incorporação da vacina do Butantan como reforço pelo Ministério da Saúde permitiria a antecipação do calendário de aplicação da segunda dose e um maior número de pessoas 100% imunizadas no país. Afinal, estariam disponíveis mais marcas de imunizantes, além da fórmula da AstraZeneca e da Pfizer.

Só que sem esse interesse, está em aberto o destino da produção de doses da CoronaVac pelo Butantan e, principalmente, o futuro do imunizante. Anteriormente, Covas disse: “Temos outros contratos a serem concluídos, outros estados e outros países”. Dessa forma, é provável que o imunizante seja enviado para outras nações. Por enquanto, os planos de exportação do Butantan não foram compartilhados.

CoronaVac em crianças

Outra possibilidade seria a adoção da CoronaVac na imunização de crianças e adolescentes, de três a 17 anos. Segundo o Butantan, a fórmula “já foi utilizada em mais de 60 milhões de crianças” na China. Além disso, Chile, África do Sul e Indonésia também adotam a fórmula para o público pediátrico. “Os dados de segurança da vacinação nessa população indicam que é a vacina mais segura entre todas as que estão sendo utilizadas no mundo nesse momento”, defendeu Covas.

No entanto, a Anvisa, após analisar todos os dados enviados pelo Butantan, concluiu que faltavam informações e a quantidade de voluntários incluídos nos estudos era baixa para que se atestasse a segurança e a eficácia da CoronaVac nas crianças. Dessa forma, o pedido foi negado, mas agentes da Anvisa informaram que, com mais dados, o parecer poderia ser revisto.

Fonte: Instituto Butantan

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Fonte canaltech
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