Como funciona o processo de doação de sangue durante a pandemia?

Com segurança redobrada, é possível (e necessário) doar nesse período. Ação pode salvar até três vidas e aumentar o estoque de bancos de sangue

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isolamento social, ação importante para evitar a rápida disseminação do novo coronavírus impactou na redução do número de doações de sangue. Bancos de sangue estão com estoques baixos. Mas, realizar o ato que pode salvar até três vidas é rápido e não oferece riscos, desde que o doador mantenha os cuidados para evitar o contágio no percurso entre sua casa e o local da doação e esteja atento aos requisitos (como idade e peso, por exemplo) e impeditivos temporários e permanentes.

Todo o processo tem duração média de uma hora, que começa a ser contada com cadastro do doador e termina com a retirada da agulha do braço e uma bolsa cheia do tecido líquido vermelho (sim, o sangue é um tecido!)  que pode salvar três vidas. Mas este é só o começo do percurso que o sangue faz até chegar a quem precisa.

Ao final da doação, amostras de sangue do doador são enviados aos laboratórios onde passa por testes para identificação do tipo sanguíneo (A, B, AB ou O) e fator Rh (positivo ou negativo) e de agentes infecciosos que podem ser transmitidos por uma transfusão. “Estes testes, conhecidos como testes de triagem sorológica verificam a presença de agentes como o vírus HIV, vírus das hepatites B e C, sífilis, doença de Chagas e vírus HTLV I e II”, explica Araci Massami Sakashita, coordenadora do Banco de Sangue do Hospital Israelita Albert Einstein.

Enquanto as amostras passam pelos testes, a bolsa de sangue é submetida ao processo de fracionamento que utiliza uma centrífuga para separar três componentes do sangue: as hemácias, as plaquetas e o plasma. Estes hemocomponentes são separados em bolsas distintas que ficam armazenadas (em quarentena) aguardando os resultados dos exames laboratoriais. “O tempo aproximado de preparo do sangue é de 4 horas, enquanto os resultados dos testes laboratoriais são liberados cerca de 24 horas após a doação”, diz Araci.

O sangue só é liberado para transfusão após o resultado negativo dos testes sorológicos. As bolsas são preparadas, identificadas e destinadas a quem precisa, de acordo com tipo sanguíneo e fator Rh.

Validade dos hemocomponentes fracionados
A coordenadora do Banco de Sangue do Einstein explica que os hemocomponentes têm prazo de validade. As hemácias, usadas para tratar anemia, podem durar até 42 dependendo da solução preservante utilizada. As plaquetas (usadas para estancar ou evitar sangramentos) não duram mais do que cinco dias. Já o plasma pode ser armazenado por até um ano. “O plasma tem fatores de coagulação, mas está sendo cada vez menos usado porque já há produtos industrializados com a mesma função”, explica a médica.

Frequência de doação
O sangue não tem substituto e, todos os dias, milhares de pessoas precisam de transfusão para continuarem vivas. Por este motivo e pelo tempo de validade dos hemocomponentes, a doação voluntária e altruísta é uma necessidade constante para atender adequadamente os pacientes que necessitam de transfusão.  A doação de sangue pode ser feita a cada quatro meses por mulheres e a cada três meses por homens e pode salvar até três vidas.

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Fonte revistagalileu
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