Vereadores dizem que Cinthia deu chá de cadeira de 2h em Marilon e Laudecy e não os recebeu
Clima de revolta na Câmara de Palmas por conta de um chá de cadeira de duas horas que o presidente Marilon Barbosa (PSB) e a líder do governo da Capital, Laudecy Coimbra (SD), tomaram na quarta-feira, 11, no gabinete da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB). Pior: segundo vereadores, depois de toda a espera, foram informados que não seriam recebidos.
Orçamento e agentes do Tesouro
Conforme a Coluna do CT apurou, Marilon queria falar com a prefeita sobre a trâmite do orçamento de 2020, após a aprovação, na manhã de quarta, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Além disso, conversaria com Cinthia sobre a situação dos agentes do Tesouro do município. Eles têm um salário-base muito baixo e a maioria de seus rendimentos vem da produtividade, que perdem ao se aposentarem.
Após 2h não foram recebidos
Conforme vereadores, a audiência teria sido marcada pela manhã com o secretário de Governo, Carlos Braga, e com a líder Laudecy. Assim, Marilon e a líder chegaram à tarde no gabinete da prefeita, no horário previamente marcado, acompanhados de representantes de agentes do Tesouro. Após duas horas de espera, disseram à Coluna do CT, foram informados de que não seriam recebidos.
Chegou sem avisar?
Fontes do Paço garantem que a história não foi bem essa. Segundo elas, Marilon teria imposto aprovação do orçamento à audiência com Cinthia e chegado à tarde no gabinete da prefeita com o pessoal do Tesouro sem avisar. De acordo com essas fontes do governo da Capital, Cinthia não estava no prédio, já que o filho passou mal e ela teve que levá-lo ao médico.
Teria sido informado
Essas fontes garantem que Marilon foi informado desde o momento em que chegou da situação, mas teria insistindo em esperar.
Com veto a emenda de Neris
A LDO acabou sendo sancionada com um veto da prefeita à emenda do vereador Milton Neris (Progressistas) que impedia a prefeitura de passar para o ano seguinte despesas de exercícios anteriores, as chamadas “pedaladas fiscais”.
Sem pressa
Acontece que o constrangimento que os vereadores dizem que Marilon passou resultará na não aprovação do orçamento de 2020 neste mês. O ano legislativo foi encerrado e alguns vereadores já teriam viajado.
Nem tão cedo
Além disso, na Câmara a informação é de que o orçamento não será votado antes do veto da prefeita, que só será analisado na Comissão de Constituição e Justiça após o pedido que Neris deve fazer de parecer sobre o tema ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), órgão também entrando em recesso. Ou seja, a expectativa é de que o orçamento de 2020 nem tão cedo seja aprovado pela Câmara.