Rodrigo Pacheco desiste de pré-candidatura à Presidência da República
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), desistiu da pré-candidatura à Presidência da República pelo Partido Social Democrata (PSD) nas eleições de 2022. Ele fez anúncio no plenário do Senado em sessão desta quarta-feira (9) ao fazer um balanço de sua atuação à frente da Casa durante a pandemia.
“Nesse cenário tenho que me dedicar a conduzir o Senado para a tão desejada recuperação e reconstrução desse país”, disse Pacheco em seu discurso, onde explica a recusa da candidatura à Presidência. “O cargo a mim confiado está acima de qualquer ambição eleitoral, meus compromissos são urgentes, inadiáveis e não compatíveis com vaidades”, continuou o presidente da Casa.
“Por isso, afirmo que é impossível conciliar essa difícil missão com uma campanha presidencial. O presidente do Senado precisa agir como um magistrado, conduzindo os trabalhos com serenidade, equilíbrio e isenção, buscando consensos possíveis em nome do melhor para o país. O que é incompatível com um embate eleitoral nacional, por mais civilizado que seja o processo.”
Rodrigo Pacheco anunciou que seria o pré-candidato do PSD em novembro de 2021. Na ocasião, em Brasília, ele declarou: “Convocado a esta missão de servir o PSD, eu o faço na condição de presidente do Senado e, em relação às eleições de 2022, eu repito: estarei de corpo, alma, mente e coração a serviço do partido e a serviço do Brasil”, declarou Pacheco.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, insiste que o partido terá candidato próprio. A expectativa é que a sigla de Kassab anuncie o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, como nome à Presidência pelo PSD. Ele perdeu as prévias do PSDB para o governador de São Paulo, Joao Doria.
Kassab estava presente na sessão e Pacheco agradeceu a “confiança” depositada em seu nome e recebeu, após o pronunciamento, palavras de apoio dos colegas parlamentares.
Pacheco afirmou ainda que irá lutar para que as eleições deste ano “tenham como resultado o fortalecimento institucional e democrático do país. E que se faça valer a soberania popular através do voto, livre, secreto, manifestação mais pura da democracia. Qualquer tentativa de retrocesso democrático deverá ser rechaçada com veemência”.
O presidente do Senado ainda declarou que é jovem e que tem “muito trabalho ainda a prestar ao país e à vida pública”. “Estou em meu primeiro mandato como senador. E, acima de tudo, sei de minha responsabilidade com o Brasil. Venho fazendo a minha obrigação com o diálogo permanente com as instituições e com a defesa intransigente da democracia, das liberdades e do estado de direito”.