PT: Lava Jato quer esconder seus crimes com mais mentiras contra Lula
Em nota assinada pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, o PT diz que a nova denúncia do MPF de São Paulo contra Lula e seu irmão Frei Chico ignora testemunhas, não apresenta provas e imputa corrupção a Lula quando ele já estava fora do governo. Para o PT, o estado de direito só será restaurado “quando for reconhecida a parcialidade de Moro e dos procuradores, quando for anulada a farsa judicial contra Lula e ele tiver um julgamento justo”
O PT reagiu à nova denúncia da Lava Jato, apresentada nesta segunda-feira, 9, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra seu irmão Frei Chico, por corrupção passiva continuada.
Em nota assinada pela presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, o PT diz que a Lava Jato tenta desviar o foco de suas ilegalidades reveladas pela Vaza Jato com denúncias sem provas contra Lula.
“Mais uma vez acusam Lula sem apontar os atos que teria praticado, os tais ‘atos indeterminados’ ou seja, acusam para fabricar manchetes em mais uma farsa judicial. E falam em suposta corrupção num período em que Lula não estava mais no governo, não podendo, portanto, ser acusado de crimes exclusivamente típicos de servidor público. Ignoram testemunhas da defesa e provas de inocência, como sempre”, diz a nota.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, Frei Chico teria recebido “mesada” da Odebrecht entre 2003 e 2015 em troca de benefícios obtidos pela empresa junto ao governo (leia mais no Brasil 247).
“O flagrante abuso de autoridade, a agressão ao estado de direito e a repetida denunciação caluniosa constituem crimes continuados por parte dessa organização politica que há muito deveria estar respondendo aos órgãos de controle interno do Ministério Público e à própria Justiça. Quando mais esses abusos permanecem impunes, mais se fragilizam o MP, o Judiciário e a democracia no país”, acrescenta o partido
Leia, abaixo, a nota do PT na íntegra:
Acuada pelas graves revelações de que atuou fora da lei, para dar o golpe do impeachment e prender Lula, a Lava Jato apela mais uma vez para acusações falsas contra o ex-presidente. Este é o sentido claro da denúncia sem provas apresentada hoje (09.09) contra Lula e um de seus irmãos, o companheiro Frei Chico, pelos procuradores da Lava Jato em São Paulo
A defesa de Lula já demonstrou a parcialidade e a inépcia dessa denúncia, que de nova tem apenas a data. Mais uma vez acusam Lula sem apontar os atos que teria praticado, os tais “atos indeterminados” ou seja, acusam para fabricar manchetes em mais uma farsa judicial. E falam em suposta corrupção num período em que Lula não estava mais no governo, não podendo, portanto, ser acusado de crimes exclusivamente típicos de servidor público. Ignoram testemunhas da defesa e provas de inocência, como sempre.
É um atentado ao direito de informação o comportamento dos grandes veículos de imprensa e TV – com uma exceção que confirma a regra – diante de mais este crime contra Lula e contra o estado de direito. Escondem a sujeira de Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e seus cúmplices, confirmadas por jornalistas que analisaram suas conversas secretas, e abrem manchetes para mais um amontoado de mentiras.
O flagrante abuso de autoridade, a agressão ao estado de direito e a repetida denunciação caluniosa constituem crimes continuados por parte dessa organização politica que há muito deveria estar respondendo aos órgãos de controle interno do Ministério Público e à própria Justiça. Quando mais esses abusos permanecem impunes, mais se fragilizam o MP, o Judiciário e a democracia no país.
Chega de arbitrariedade, chega de injustiça, chega de mentiras e de impunidade para os crimes da Lava Jato e de seus cúmplices! A sociedade brasileira quer reencontrar a paz, restaurar o estado de direito democrático, reconstruir o país, e isso só será possível quando for reconhecida a parcialidade de Moro e dos procuradores, quando for anulada a farsa judicial contra Lula e ele tiver um julgamento justo.
Lula Livre!
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
São Paulo, 9 de setembro de 2019