Preparar Rio para as chuvas de verão é principal preocupação de futura secretária de Conservação

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Escolhida para comandar a secretaria municipal de Conservação, que será recriada pelo prefeito eleito, Eduardo Paes, a economista Anna Laura Valente Secco já tem uma preocupação imediata a partir de 1º de janeiro: em pleno verão, correr contra o tempo para limpar bueiros, desobstruir a rede de drenagem e tentar reduzir eventuais transtornos provocados pelas chuvas de verão. Da cota pessoal de Paes, Anna foi convidada para o cargo ontem pela manhã. E ainda traçará um plano para a pasta junto com o prefeito eleito. Mas diz que terá trabalho.

— A palavra que resume a situação da conservação da cidade é uma só: caos. As ruas estão sujas, cheias de buraco e de mato, faltam papeleiras. Minha meta é conseguir evoluir de uma nota zero para nota sete na manutenção do Rio nos 100 primeiros dias. A conservação ainda não estará perto da nota dez, mas pelo olhar feminino já dá para ao menos passar de ano — brinca Anna.

A secretaria de conservação foi extinta em outubro de 2019 pelo atual prefeito Marcelo Crivella. A pasta foi rebaixada a subsecretaria e passou a responder ao secretário Sebastião Bruno, que também acumulou a responsabilidade por cuidar da Infraestrutura e de projetos habitacionais da cidade. Desde 2017, a pasta sofre com cortes de recursos por conta da crise financeira da prefeitura que já dura quatro anos. As consequências desses cortes foram vistos ao longo do tempo. Em junho de 2017, depois que um forte temporal castigou a cidade, veio à tona que nos seis primeiros meses do ano, a prefeitura havia deixado de gastar R$ 22 milhões na limpeza e desobstrução de bueiros, o que equivalia a um corte de 60% dos recursos:

— A gente sabe que o começo do governo será de dificuldades financeiras e recursos escassos. Mas temos um quadro muito bom de funcionários que vão ajudar a darmos um choque de ordem na convervação — disse Anna Laura.

Uma das metas da futura secretária será reduzir o tempo de resposta das demandas do 1746. Ao longo da gestão Crivella, houve momentos que cerca de 30% dos pedidos (2018) não eram atendidos. O atual prefeito chegou a lançar um programa que previa mutirões de serviços nas áreas mas degradadas, mas o projeto foi descontinuado.

A economista conhece Eduardo Paes desde que ele foi subprefeito da Barra no primeiro governo Cesar Maia (1993-1996). Apesar de não gostar de água fria e só ter pego onda por uma semana (desistiu por medo de ondas grandes), era vice-presidente da Federação de Surf do Rio quando a prefeitura apoiava eventos internacionais do esporte.

— Meu marido é fabricante de pranchas. O envolvimento veio daí. Participei de uma chapa que venceu a presidência da instituição — contou Anna Laura, que diz não ter planos para ingressar na política.

O relacionamento profissional virou amizade e ela passou a assessorar Paes e Pedro Paulo. Em 2009, presidiu a Fundação Rio Zôo por sete meses, quando lidou com situações inusitadas como o que fazer com o corpo de um camelo que morreu repentinamente. Passou também pela Suderj, quando Paes foi secretário de Turismo e Exporte do ex-governador Sérgio Cabral.

Outra mulher escolhida para cargos na prefeitura é a assistente social Ana Ribeiro, de 56 anos. Ela foi anunciada ontem para ser subprefeita da Zona Sul também em uma reestruturação planejada pelo novo governo. Hoje, o município tem 17 superintendências regionais (nome atual das subprefeituras), que serão enxugadas para cinco ou seis. A ideia é que as subprefeitura voltem a atuar estrategicamente na definição de políticas públicas nos bairros. Os integrantes também seriam a cota pessoal de Eduardo Paes e Pedro Paulo, sem vínculos diretos com vereadores.

Nos últimos anos, Ana tem coordenado as campanhas de Paes e Pedro Paulo na Zona Sul. Em administrações passadas de Paes, ela ocupou cargos de confiança na subprefeitura. Nascida no Morro dos Cabritos (Copacabana) hoje vive com a mãe de 88 anos em um prédio residencial em um condomínio próximo a um dos acessos ao morro. Mãe e filha foram líderes comunitárias.

O vínculo com a comunidade permanece. Ela integra a diretoria da escola de samba Unidos de Vila Rica e frequenta uma academia de boxe no Morro dos Cabritos, como informou a coluna Extra Extra, de Berenice Seara.

— Asfalto e comunidade têm problemas e precisam que o poder público funcione. O sentimento é que a cidade toda está suja e mal-preservada. Copacabana, por exemplo, precisa ter suas calçadas melhor conservadas. Na campanha vi idosos caindo na minha frente — disse a futura subprefeita.

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Fonte yahoo
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