Planalto mantém aposta em polarização entre Bolsonaro e Lula
Crescimento de nome da terceira via nos últimos dias não alterou o cenário eleitoral previsto pelo Palácio do Planalto para as eleições
O crescimento de nome da terceira via nos últimos dias não alterou o cenário eleitoral previsto pelo Palácio do Planalto para as eleições de 2022.
O governo vem fazendo pesquisas e baseando suas projeções nelas. A aposta continua sendo em um segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.
O pior cenário previsto hoje pelo governo é aquele no qual o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo leite, se viabiliza e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro não entra na disputa.
Isso porque o governo avalia que o voto de Leite é concentrado na centro-esquerda e em um eventual segundo turno migrariam para Lula.
A percepção dos governistas é de que em um cenário em que Leite e Moro estão na disputa, o gaúcho poderia tenderia a ter mais votos até que Moro. Mas no segundo turno os votos de Moro migrariam para Bolsonaro.
Não há, porém, percepção de que ambos iriam ao segundo turno. A percepção é que Moro tem um teto na faixa de 15% a 20% pois seu eleitor é identificado como anti-Bolsonaro e anti-Lula e este seria, segundo o Planalto, o patamar desse eleitorado.
O Planalto também diz não acreditar que o governador de São Paulo, João Doria, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deslanchem. Interlocutores de Bolsonaro dizem que eles não passariam de 10%.