Padilha diz que Lula pediu reunião com partidos da base do governo para cobrar fidelidade em votações

O ministro de Relações Institucionais será o coordenador das conversas, que devem ter início na quarta-feira (10), com PSD e PSB

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Diante da crise provocada com o Congresso Nacional por falta de articulação política, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, informou nesta segunda-feira (8) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que haja uma rodada de conversas com os partidos que compõem a base no Parlamento para cobrar fidelidade.

As conversas serão coordenadas por Padilha, e os primeiros partidos que devem ser recebidos pelo ministro são o PSD e o PSB. Depois, vêm o MDB e o União Brasil. Os encontros devem começar, segundo o titular, na quarta-feira (10). Cada sigla comanda três pastas do governo federal e, apesar do espaço no governo, não têm seguido a orientação do Executivo nas votações no Congresso.

“E o presidente Lula me delegou a responsabilidade, como coordenador político do governo, nesta semana, de fazer reuniões junto com líderes da Câmara para discutimos a atuação que está sendo feita e o cumprimento do calendário de votações”, disse Padilha.

“Ele reforçou que essas reuniões têm que ser comandadas pela SRI [Secretaria de Relações Institucionais]. Devemos fazer a primeira com ministros do PSB, do PSD. Devemos marcar com o MDB, na volta do líder do partido na Câmara, e o União Brasil”, acrescentou. Inicialmente, Lula não deve participar das conversas.

Derrotas no Congresso

O governo tem sofrido derrotas em importantes votações no Congresso, como a que derrubou mudanças promovidas pelo petista no marco do saneamento básico, além da retirada de pauta do projeto de lei das Fake News. O ambiente também não é sólido no Senado, que deve analisar o projeto em breve.

Durante a coletiva de imprensa, Padilha citou como exemplo o ministro das Cidades, Jader Filho, filiado ao MDB. A sigla é uma das que compõem a base do governo mas votaram pela derrubada das mudanças feitas por Lula no marco do saneamento. “Então, é o momento do ministro, com representantes da bancada, de compreender quais foram os motivos. É contra o decreto, é outro motivo?”, disse Padilha.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais rebateu ainda as críticas que tem sofrido contra sua atuação. “Estou acostumado com as tarefas desse cargo, não sou marinheiro de primeira viagem. Sei que é um cargo que o tempo todo as pessoas discutem, e temos tranquilidade para seguir as prioridades estabelecidas.”

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Fonte r7
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