“Não ter se calado foi muito importante”, diz ex-TSE sobre gestão de Fachin
À CNN, o ex-ministro do TSE e ex-ministro da Justiça Torquato Jardim enfatizou os principais pontos da gestão de Edson Fachin frente ao Tribunal
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin deixa a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (16). À CNN, o ex-ministro do TSE e ex-ministro da Justiça Torquato Jardim enfatizou os principais pontos de destaque da gestão de Fachin frente ao tribunal, e reiterou que “não ter se calado” foi um dos atos importantes.
Em seu último discurso, no dia 9, Fachin destacou as ações voltadas para o combate à desinformação como o principal legado da sua gestão.
“O ministro Fachin manteve a tradição histórica do tribunal, ele dá a voz coletiva à casa. Na defesa institucional marcante que fez contra todas as alegações, não ficou quieto, não ter se calado foi muito importante”, afirmou Jardim.
A defesa das urnas eletrônicas foi um episódio marcante na gestão de Fachin frente ao Tribunal Superior Eleitoral; e para Torquato Jardim, a luta em prol da credibilidade do sistema eleitoral via urna eletrônica foi um ato político “ousado”.
“A defesa das urnas eletrônicas foi muito importante também, o ato político mais que administrativo, o ato político ousado para marcar claramente a independência do tribunal”, afirmou o ex-TSE.
À CNN, Torquato Jardim destacou também a importância de Fachin em incentivar os jovens de 16 e 17 anos a participarem das eleições.
O período de seis meses em que Fachin esteve à frente da Corte ficou marcado pela campanha de conscientização do voto jovem, a iniciativa obteve um recorde de adesão.
“Importante também a campanha de motivar os menores de 18 anos a votar. São eleitores facultativos, é verdade, mas acho que será muito importante, afinal de contas, o futuro do Brasil é deles”, disse.
A presidência do TSE será assumida pelo ministro Alexandre de Moraes, que ficará à frente da Corte pelos próximos dois anos.