Não tem essa palavra no meu dicionário, diz Ciro à CNN sobre possível desistência
Segundo pesquisa Datafolha, pedetista aparece com 7% das intenções de voto, contra 48% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 27% de Jair Bolsonaro (PL)
O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) declarou, nesta quinta-feira (26), em entrevista à CNN, que a palavra desistência não existe em seu dicionário.
A resposta aconteceu durante um questionamento do analista de Política da CNN Caio Junqueira, que enxerga uma possível pressão para que ele se retire da disputa ao Palácio do Planalto, o que beneficiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu iria anteceder a escala de zero a dez perguntando se você tem um dicionário para entender essa palavra que você acabou de falar. Eu não sei que palavra é essa, não está no meu dicionário”, afirmou Ciro sobre desistir.
Na pesquisa Datafolha divulgada hoje, Lula aparece com 48% das intenções de votos, contra 27% do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). A seguir, Ciro surge com 7%.
“Eu não sou candidato porque é fácil, porque sou favorito, porque tenho estrada folgada para ser o grande ungido das massas brasileiras. Não, eu tenho modéstia, piso no chão com muita paciência, parcimônia e humildade. Eu sei muito bem que a estrada que está pela frente é muito dura, muito difícil.”
Mas eu sou candidato porque é necessário.
Ciro Gomes
De acordo com o ex-governador do Ceará, a resolução do pleito no primeiro turno em uma disputa de narrativas contra Comunismo e Fascismo, leva a uma discussão dos anos 1930.
Declaração sobre eleitores de Bolsonaro serem nazistas
Na manhã desta quarta-feira, Ciro Gomes alegou durante fala à rádio CBN de Campinas que o eleitorado brasileiro é composto por até 15% de “nazistas” e “fascistas”. O pedetista respondia a uma pergunta sobre o apoio de parcela significativa da população a Bolsonaro.
Esclarecendo a informação à CNN nesta noite, Ciro disse que foi mal interpretado pelo jornalista que o entrevistava, mas voltou a refirmar que “portanto, tem no Brasil, infelizmente, 10%, 12%, até 15% que se identificam com Bolsonaro porque são homofóbicos, porque são meio nazistas mesmo.”
“O Brasil tem hoje, como no mundo, 10%, 12%, 15%, de eleitores que se identificam com Bolsonaro. E falei por quais ângulos: o caráter anticientífico, tem 13% do eleitorado brasileiro que perguntado especificamente é terraplanista. Como tem grupos neonazistas, milicianos do Rio de Janeiro. Com quem eles estão? Estão com Bolsonaro. Sabe o que quero para essa gente? Meter eles na cadeia. Não quero o voto dessa gente”, disse.
“Eu não quero conciliar com todo mundo, eu quero mudar o Brasil. Eu não chamei os eleitores de Bolsonaro senão de meus irmãos queridos e respeitados brasileiros que foram enganados por ele. Mas eu admito e reconheço, porque essa é uma afirmação que eu não vou fugir dela, eu não sou candidato a demagogo, demagogo da estação é o Lula.”