‘Não colocamos veneno no prato de ninguém’, diz ministra sobre agrotóxicos

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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta terça-feira (6) que o Brasil está sendo injustamente “denegrido” por sua política de aprovação de agrotóxicos, e defendeu o aumento dos registros desses produtos, “para entrar na modernidade”.

“Fico indignada. Passar para a população que nós estamos passando prato com comida envenenada, isso não é verdade, é um desserviço no Brasil (…) A imagem do Brasil está sendo denegrida”, declarou em coletiva de imprensa em Brasília.

Tereza Cristina se rodeou de autoridades e especialistas em matéria ambiental e sanitária para rebater as alegações, baseadas em dados que qualificou de “estapafúrdios”, de que o governo de Jair Bolsonaro reduziu o controle dos agrotóxicos com a nova classificação toxicológica.

“Não podemos aterrorizar os consumidores brasileiros nem os consumidores externos de mais de 162 países que importam produtos brasileiros”, declarou Tereza Cristina.

A controvérsia sobre os agrotóxicos – “defensivos agrícolas”, segundo a ministra -, voltou há duas semanas ao centro do debate quando se soube que o ritmo de aprovação de novos registros disparou como nunca desde que Bolsonaro chegou ao poder: 262 em sete meses.

No entanto, segundo dados oferecidos pela ministra, só sete dos 262 novos produtos aprovados são novos, com dois novos princípios ativos (entre eles o sulfoxaflor, questionado em muitos países por seu impacto nas colônias de abelhas). O resto entra na categoria dos genéricos.

“Criou-se um entendimento de que a aprovação de mais produtos é ruim, mas é o contrário: são produtos mais eficientes, menos tóxicos. Nós temos que continuar, na verdade, aprovando mais produtos para entrar na modernidade”, afirmou Tereza Cristina.

A ministra afirmou, ainda, que todos os registros aprovados começaram a tramitar antes de Bolsonaro chegar ao poder e que a lei brasileira “não permite aprovar nenhum registro de um produto mais tóxico ou igual aos que nós já temos no mercado”.

Na semana passada, Bolsonaro convocou uma coletiva de imprensa junto com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para questionar as alarmantes cifras do aumento do desmatamento na Amazônia divulgadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), cujo diretor foi exonerado na sexta-feira.

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Fonte ISTOÉ
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