Laudecy defende emendas para colegas e diz que falta Braga dizer o que Cinthia quer
Vereadora contesta que emendas impositivas devam ser votadas por nova Câmara e diz que o direito é dos antigos. Ela critica também o que chama de falta de diálogo entre Braga e a liderança da prefeita
Em ligação no final de semana ao Blog, a vereadora Laudecy Coimbra, do Solidariedade subiu o tom ao fazer a defesa dos colegas vereadores que deixarão o mandato no final deste ano letivo, e que querem votar o Orçamento este ano, garantindo suas emendas, mesmo fora do mandato ano que vem. Ela ligou para contestar o entendimento de que os vereadores estariam trabalhando em benefício próprio e atrapalhando uma eventual reforma administrativa (que provocará remanejamentos) ao votar no final do ano o Orçamento 2021.
“Sempre foi assim, é legal, é regimental votar o orçamento dentro do ano. Quando por algum problema não vota, o município fica com restrições orçamentárias, só pode utilizar 1/12 avos do orçamento anterior por mês. E outra, sou líder da prefeita, ninguém me orientou, me chamou para dizer que não queria orçamento votado este ano”, disparou a vereadora.
Ela, que foi reeleita e estará entre os 19 mandatários no próximo ano lembra: “Eu não tive emenda no meu primeiro ano de mandato. Quem terminou o mandato em 2016, garantiu as suas emendas em 2017, essa é a regra do jogo, agora se havia um entendimento político de que a prefeita não queria o orçamento votado este ano, ninguém me avisou. Faltou diálogo”, repete.
Segundo Laudecy, ela foi procurada pelo secretário de Obras Antonio Trabulssi para que a votação da LDO não atrasasse. “Ele me disse: “precisamos trabalhar”, a cidade não pode parar”, conta. Segundo ela o secretário executivo do secretário de Governo Carlos Braga a procurou várias vezes pedindo para agilizar.
“Agora decidem que não querem que vote e não me avisam? Eu achei que estava fazendo vantagem. Conversei com meus colegas para votar do jeito que a prefeita mandou o Orçamento, sem alterações. Só pedi ajuda ao secretário de Finanças, Rogério Ramos, para que mandasse um técnico se reunir conosco para ajustar as emendas dos vereadores”, relata.
Foi por Ramos que soube que não havia o desejo de que o Orçamento fosse votado este ano. “Engraçado é que eu falei com o secretário de Governo, doutor Carlos Braga um dia antes e ele não me disse nada. Está faltando os secretários se entenderem entre si, e eu como líder, ser avisada. Ninguém precisa gostar de mim, mas tem que me respeitar”, disparou.
“Eu que sei quanto me custou garantir meu mandato, minha reeleição. Tenho que ser respeitada”, finalizou.
O Blog tentou ouvir o secretário Carlos Braga, sem sucesso e aguarda retorno.