Joice chama Kim de ‘oportunista’ e ‘moleque’ após críticas do demista ao PSL

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Os deputados Joice Hasselmann (PSL-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) trocaram ofensas neste domingo (23.mar.2019) por meio do Twitter.

O demista publicou em sua conta na rede social mensagem com críticas ao PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro e de Joice. A jornalista rebateu chamando-o de “oportunista” e “moleque”.

Eis a troca de mensagens:

MAIA VS. BOLSONARO

No fim de semana, Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, trocaram farpas por meio de declarações à imprensa, a respeito da articulação política para a tramitação e aprovação da reforma da Previdência.

O texto da Previdência chegou ao Congresso em 20 de fevereiro e ainda não andou nenhuma etapa. A escolha do relator do texto, prevista para semana passada, foi adiada pela piora do cenário político, segundo o próprio presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR).

Para Maia, Bolsonaro está tentando transferir para os chefes da Câmara e do Senado a responsabilidade que, segundo Maia, deveria ser do presidente da República.

“Quer dizer, transfere para o presidente da Câmara e para o presidente do Senado uma responsabilidade que é dele. Fica transferindo e criticando: ‘Ah, a velha política está me pressionando, estão me pressionando’. Ele precisa assumir essa articulação, porque ele precisa dizer o que é a nova política”, disse ao chegar para reunião do PPS, em Brasília.

Segundo Maia, o Brasil quer construir 1 ambiente novo. “Ele [Bolsonaro] foi eleito para isso, ele precisa colocar alguma coisa no lugar”, afirmou.

O congressista acha que, agora que o presidente voltou Chile, Bolsonaro deveria conversar pessoalmente com os partidos que apoiam a reforma da Previdência.

O atrito já havia aumentado ainda na 6ª feira, quando Maia disse, em entrevista à TV Globo, que Bolsonaro “precisa ter mais tempo para cuidar da Previdência e menos tempo cuidando do Twitter”. O deputado argumenta que, do jeito que vai, a reforma “não vai andar”.

A declaração é mais uma da série de desentendimentos entre Congresso e governo. Antes, Maia havia dito que a responsabilidade de angariar votos para a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) é de Bolsonaro, e não dele.

EIS O HISTÓRICO DO ATRITO:

  • 6ª feira (7h50): em telefonema ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Maia afirmaque deixaria a articulação política pela aprovação da reforma da Previdência no Congresso. O motivo: ataques em redes sociais de filhos e aliados de Bolsonaro.
  • 6ª feira (17h): no Chile, Bolsonaro diz não entender a atitude. ”Quero saber o motivo que ele está saindo [da articulação da Previdência]. […] Estou sempre aberto ao diálogo”, falou. Questionado sobre como tentaria convencê-lo a voltar, o presidente comparou a relação com o chefe da Câmara a 1 namoro. “Só conversando. Você nunca teve uma namorada? E quando ela quis ir embora o que você fez para ela voltar, não conversou? Estou à disposição para conversar com o Rodrigo Maia, sem problema nenhum”.
  • 6ª feira (20h30): em entrevista ao Jornal Nacional, Maia afirma que Bolsonaro “precisa ter mais tempo para cuidar da Previdência e menos tempo cuidando do Twitter”. Diz que, desse jeito, a reforma “não vai andar”. Maia também rebateu Bolsonaro sobre a comparação da relação entre ambos com 1 namoro. “Não preciso voltar a namorar. Eu preciso que o presidente assuma de forma definitiva o seu papel institucional, que é liderar a votação da reforma da Previdência, chamar partido por partido que quer aprovar a Previdência e mostrar os motivos dessa necessidade”, declarou.
  • sábado: Estadão publica entrevista em que o presidente da Câmara critica a falta de articulação política da gestão bolsonarista e se refere ao governo como “deserto de ideias”. Também respondeu se o presidente deveria conter a atuação dos filhos nas redes sociais: “Tenho dificuldade de falar como o presidente deve tratar os filhos dele. Eu sei como tratar os meus”;
  • sábado (13h40): em café da manhã com empresários no Chile, Bolsonaro fala que “alguns não querem largar a velha política”;
  • sábado (14h): Maia diz que o presidente não deveria “terceirizar a articulação política”;
  • sábado (14h50): ainda no Chile, Bolsonaro declara que a responsabilidade pela aprovação da reforma é do Congresso;
  • domingo (12h): após visita a Bolsonaro no Palácio da Alvorada, o líder do governo Major Vitor Hugo (PSL-GO) diz que Planalto tentará aproximação com o Congresso. Mas distribui mensagens no grupo de WhatsApp de deputados dizendo que Bolsonaro “está certo e também convicto de suas atitudes (…) temos a possibilidade de escolher de que lado estar… somos todos a nova política. Não dá mais”.
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Fonte Poder360
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