Homem que ofendeu advogado de Lula é indiciado por ameaça, injúria e incitação
Luiz Carlos Basseto Júnior se aproximou de Cristiano Zanin no banheiro e o chamou de “corrupto”, “bandido”, “safado” e “vagabundo”
Luiz Carlos Basseto Júnior, o homem que agrediu verbalmente e ameaçou o advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Cristiano Zanin, foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal por três crimes: ameaça, injúria e incitação a crime.
A informação foi noticiada pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal “O Globo” e confirmada pela CNN, que teve acesso ao ofício que trata do indiciamento.
O Termo Circunstanciado foi apresentado nesta quarta-feira (25) ao 2º Juizado Especial Criminal de Brasília. O caso aconteceu no último dia 11, no Aeroporto de Brasília. Na ocasião, o advogado de Lula estava no banheiro, escovando os dentes, quando o homem se aproxima, filmando, e chama Zanin de “corrupto”, “bandido”, “safado” e “vagabundo”.
Na gravação, de pouco mais de um minuto, o agressor diz “ter vontade de meter a mão na orelha de um cara desse” e que o advogado “tinha que tomar um pau de todo mundo que está na rua”. “Da análise do vídeo, extrai-se a materialidade dos crimes de injúria, ameaça e incitação ao crime.
Luiz Carlos dispara impropérios direcionados a Cristiano, como “bandido”, “corrupto”, “safado”, “vagabundo” e “safado”, atingindo, assim, a sua honra subjetiva”, escreve o delegado Paulo Renato Alvarenga Fayão no termo, ao qual a CNN teve acesso.
O delegado afirma ainda que o homem, “além de proferir os impropérios e ameaças, praticamente deixa a vítima encurralada” e que, ao dizer que Zanin “tinha que tomar um pau de todo mundo que está na rua”, incita “a prática de crime de lesão corporal contra o senhor Cristiano”.
O caso, inicialmente, estava com a Polícia Federal, mas no último dia 13 foi encaminhado à Polícia Civil do DF.
O delegado Rodolfo Martins Faleiros Diniz afirmou que, “analisando-se os fatos noticiados, não se vislumbra lesão a bens, serviços ou interesses da União, de modo que a atribuição para apuração não seria da Polícia Federal, mas sim da Polícia Civil do Distrito Federal”.
Durante a investigação, a polícia não só identificou o homem como também confirmou que ele embarcou no mesmo dia 11 de janeiro para os Estados Unidos. Seu voo saiu de Congonhas, em São Paulo, e fez conexão em Brasília antes de seguir para Miami.