França e Boulos acertam encontro para discutir candidatura em SP
Possibilidade de formação de uma federação entre partidos de esquerda também estará em pauta
Em meio as incertezas sobre quem será o nome da esquerda a disputar o Palácio dos Bandeirantes, em outubro, dois fortes postulantes ao cargo, Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB) decidiram sentar para conversar sobre o assunto.
Aliados de ambos dizem que a conversa se dará em torno de cenários possíveis para São Paulo, sem pedidos diretos de nenhum dos lados. A formação de uma federação entre partidos de esquerda também estará em pauta.
A ala do PSB mais ligada a Marcio França resiste à federação do partido com o PT. O ex-presidente Lula tem sinalizado que não abre mão da candidatura de Fernando Haddad ao governo de São Paulo, o que faria França deixar a disputa.
Alckmin
Apontado como um dos principais fiadores da chapa Lula-Alckmin, França tem conversado frequentemente com ex-tucano sobre o convite feito para ingressar no PSB. Mas nega que tenha pedido a Alckmin para trabalhar por ele junto a Lula.
O principal argumento de França para se contrapor a Haddad é a de que teria mais chances de vencer um segundo turno com nomes da direita. Pesquisas internas apontam que Márcio França é bem avaliado por setores conservadores, como a polícia militar.
Aliados relatam que Alckmin estaria incomodado com as exigências feitas pelo PSB para fechar a chapa. Segundo fonte ligada ao ex-governador, ele teria usado a expressão “moeda de troca” para explicar a forma como se sente diante das negociações.