Em reunião, Damares defendeu prisão de prefeitos e governadores
O vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril usado pelo ex-ministro Sergio Moro como prova de tentativa de interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF) tem a ministra Damares Alves – da Mulher, Família e Direitos Humanos – defendendo a prisão de prefeitos e governadores.
A assessoria de Damares confirmou as falas ao site UOL, mas afirma que elas foram feitas dentro de um contexto de direitos humanos. A ministra é a favor da prisão para governantes que violarem direitos das pessoas, mesmo aquelas que foram isolamento nas ruas.
Pouco depois, a ministra postou em seu Twitter confirmando o que havia sido dito por sua assessoria:
Quem me acompanha sabe que os pedidos de punição a gestores violadores de direitos ou que desviam verba pública (corruptos) não são novidade. Se em nome de quarentena alguém agredir idoso, mulher ou qualquer outro na rua, vou pedir justiça, sim. E se houve crime, que seja preso.
— Damares Alves (@DamaresAlves) May 12, 2020
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, pediu que a perícia da PF faça a transcrição do vídeo da reunião antes de decidir se irá divulgar ou não o conteúdo.
Suposta interferência na Polícia Federal
Bolsonaro afirma durante a reunião que precisava “saber das coisas” que estavam ocorrendo na Polícia Federal do Rio e cita que investigações em andamento não poderiam “prejudicar a minha família” nem “meus amigos”. Sob esses argumentos, o presidente afirma que trocaria o superintendente do Rio, o diretor-geral da PF ou até mesmo o ministro da Justiça, para garantir ter acesso a informações e que pessoas próximas não seriam prejudicadas.