Em depoimento de 7 horas, Ramagem responde a mais de 100 perguntas e nega espionagem

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Em um depoimento de quase 7 horas de duração à Polícia Federal (PF), na quarta-feira (17), o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pré-candidato do PL à prefeitura do Rio de Janeiro (RJ), teve de responder a mais de uma centena de perguntas sobre o escândalo da chamada “Abin paralela”.

A PF investiga a suposta utilização do aparato estatal, por meio da Abin, para monitorar e espionar políticos, parlamentares, agentes públicos, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o governo Bolsonaro.

Ramagem chegou pouco depois das 15 horas à sede da PF no Rio de Janeiro e deixou o local por volta das 21h50. Segundo informações do jornal O Globo, o delegado e deputado federal respondeu a 130 perguntas a respeito do caso investigado.

Aos policiais, o ex-chefe da Abin teria atribuído ao agente Marcelo Araújo Bormevet e ao militar Giancarlo Gomes Rodrigues – ambos presos pela PF durante a quarta fase da Operação Última Milha, na semana passada – a prática de espionagem ilegal. Ramagem negou que tenha dado a ordem para o monitoramento.

Em seu depoimento, o deputado federal também foi questionado sobre a gravação que fez de uma reunião envolvendo Bolsonaro, o próprio Ramagem, o general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI) e duas advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Luciana Pires e Juliana Bierrenbach.

Na época, Flávio era investigado pela suposta prática de “rachadinha” em seu gabinete parlamentar quando ainda era deputado estadual pelo Rio de Janeiro. De acordo com as investigações da PF, a reunião tratava exatamente do assunto – Bolsonaro, Heleno e Ramagem discutiam formas de blindar o hoje senador das investigações.

O conteúdo do depoimento de Alexandre Ramagem à PF está mantido sob sigilo. A corporação ainda deve ouvir, nos próximos dias, pelo menos três servidores da Abin e testemunhas do caso, seugndo informações da CNN Brasil.

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Fonte infomoney
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