Dodge diz que MP deve lutar pela democracia e que meios virtuais têm sido usados para ‘desunir’

Procuradora-geral fez nesta terça último discurso à frente do Conselho Nacional do Ministério Público. Sem citar caso específico, disse que MP deve lutar contra opressão e pelas liberdades.

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta terça-feira (10) que o Ministério Público deve lutar pela democracia e acrescentou que meios virtuais têm sido usados para “desunir” o país.

Raquel Dodge deu as declarações ao presidir a última sessão à frente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O mandato dela termina no próximo dia 17, e o presidente Jair Bolsonaro decidiu indicar o subprocurador Augusto Aras para o cargo.

Durante a sessão do CNMP desta terça, Raquel Dodge disse que cabe ao Ministério Público zelar pelos valores previstos na Constituição.

“E os valores estão nela, na lei que defendemos, na democracia, pela qual devemos zelar”, afirmou.

“Nós do Ministério Público temos que continuar a luta pela democracia, contra a opressão, contra a violência, por liberdades”, acrescentou.

Uso de meios virtuais

Raquel Dodge também criticou nesta terça o uso de meios virtuais para “desunir” o país, acrescentando que as pessoas estão se tornando “cada vez mais agressivas”. A procuradora-geral não mencionou algum caso específico.

“Nós estamos nos tornando uma sociedade de pessoas, sobretudo nos meios virtuais, cada vez mais agressivas uns com os outros. Isso não constrói”, disse.

“É preciso estar muito atento com relação ao modo como em meios virtuais nós brasileiros estamos usando a palavra para, acho, desunir, desunirmos como nação e como país”, completou.

Sucessão na PGR

Augusto Aras só assumirá o comando da PGR no lugar de Raquel Dodge se tiver a indicação aprovada pelo Senado.

Nesta segunda (9), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a votação deve acontecer na semana do dia 22 de setembro, uma semana após Raquel Dodge deixar a PGR.

Interinamente, a PGR será comandada nesse período pelo subprocurador-geral da República Alcides Martins, vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

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Fonte globo
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