Com rejeição a Bolsonaro, Moro faz ofensiva sobre eleitorado feminino

Ex-juiz federal programa encontros com mulheres, ampliou defesa de vacinação infantil e fará capítulo específico no programa de governo para esse público

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Na tentativa de se viabilizar como uma terceira via, o ex-juiz federal Sergio Moro (Podemos) iniciou estratégia de aproximação ao eleitorado feminino, que tem dado sinais de insatisfação com a administração do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em esforço para atrair o apoio das mulheres, sobretudo as identificadas com o centro e a direita, Moro tem reforçado nas redes sociais a defesa da imunização pediátrica e programou encontros no primeiro trimestre com lideranças femininas.

O primeiro será promovido no dia 4 de fevereiro, em São Paulo, em um fórum da Associação Feminina de Combate à Corrupção. Em março, o ex-juiz federal fará um encontro para anunciar a coordenadora de sua campanha eleitoral de políticas para as mulheres.

Segundo a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, o programa de governo de Moro terá um capítulo voltado às mulheres. O partido tem formulado políticas específicas focadas na área econômica, como a geração de emprego e o aumento da renda.

A última pesquisa Genial/Quaest, realizada no início de janeiro, mostrou que a rejeição à atual gestão aumentou de 50% para 55% entre o eleitorado feminino, mesmo período em que o presidente criticou a vacinação infantil no país.

Como a CNN Brasil mostrou na sexta-feira (14), o PL, partido de Bolsonaro, pretende apresentar em fevereiro ao presidente um diagnóstico de seu desempenho eleitoral nas unidades federativas.

O diagnóstico do partido, baseado em pesquisas eleitorais divulgadas até agora, é que o discurso do presidente contra a vacina, sobretudo de crianças de 7 a 11 anos, têm aumentado seus índices de rejeição.

Em conversas reservadas, dirigentes da sigla defendem que o mandatário faça lives semanais mais curtas, focadas em apenas três temas, evitando, assim, declarações polêmicas.

Nas palavras de um parlamentar do partido, o cenário das próximas eleições é diferente ao de 2018 e seria mais adequado, neste momento, que o presidente fosse mais comedido em suas declarações, assumindo uma postura mais presidencial.

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Fonte cnnbrasil
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