Com nova presidente, Petrobras deve ser “mais aberta” ao governo Lula, diz analista

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A troca de comando na Petrobras, que pegou o mercado de surpresa na noite de terça-feira (14), com a demissão de Jean Paul Prates e a indicação de Magda de Regina Chambriard para a presidência da companhia, não deve significar uma mudança total de rota na empresa, mas certamente aumentará sua interlocução com o governo federal e, sobretudo, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A avaliação é de Júnia Gama, analista política da XP, que comentou a queda de Prates e a escolha de Chambriard durante uma teleconferência, na manhã desta quarta-feira (15), em meio às primeiras repercussões no mercado sobre as mudanças na cadeia de comando da companhia.

 

A saída de Prates, que vinha protagonizando atritos públicos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), não foi considerada uma surpresa. O momento do anúncio, sim.

A demissão de Prates aconteceu um dia depois da divulgação dos resultados do primeiro trimestre da Petrobras, cujo lucro recuou 38%, na comparação anual, para R$ 23,7 bilhões.

“Ela [Chambriard] não virará as costas para o mercado. É uma especialista na área, é consultora de óleo e gás há alguns anos. Ela sabe que tem de ter conversas e discussões com o mercado, tem de saber o que está acontecendo”, afirma Júnia Gama.

Para a analista da XP, a tendência é a de que, sob o novo comando, a Petrobras se torne “uma companhia mais aberta para o governo”. “É exatamente por isso que a mudança foi feita. Espera-se que a Petrobras seja mais sensível ao que o governo pretende para a empresa, que tenha uma relação mais transparente e direta com o presidente Lula”, diz.

“Não é sobre o que Magda vai fazer, mas mais sobre por que Jean Paul foi substituído. Não vemos nenhuma grande mudança neste momento porque não há muita coisa que possa ser feita, já que os planos de investimentos estão ‘ok’ para o governo. Talvez haja uma mudança no sentido de a Petrobras estar mais aberta e mais em sintonia com o que Lula pensa e diz”, explica Júnia.

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Fonte infomoney
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