Com Lula focado em política doméstica, Alckmin planeja iniciar agenda no exterior
Vice-presidente deve viajar no final de junho para Portugal, e auxiliares do governo defendem que ele faça incursões também para a América do Norte, Europa e Ásia
Com a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de se dedicar à política doméstica, sobretudo com a necessidade de montar uma base aliada no Congresso Nacional, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deve iniciar, a partir de junho, viagens ao exterior.
A ideia é que ele estreie no cenário internacional por Portugal. A data da viagem ainda não foi fechada, mas aliados do também ministro da Indústria e Comércio dizem que ele deve se reunir com empresários no país europeu no final do mês.
Depois, a defesa no Palácio do Planalto é para que o vice-presidente faça novas incursões na Europa, como também na América do Norte e na Ásia, em busca de acordos comerciais. A maior parte do roteiro, segundo assessores palacianos, deve ser realizada em 2024.
Um aliado do ministro lembrou que Alckmin não gosta de viagens ao exterior e que prefere permanecer no Brasil. No entanto, Lula tem defendido que agora é a vez do vice-presidente viajar, já que ele próprio já visitou, em cinco meses de gestão, nove países.
Além disso, o petista tem defendido que Alckmin se dedique a conseguir acordos comerciais e a trazer recursos para o Brasil, sobretudo a instalação de plantas industriais que aumentem a capacidade de geração de emprego.
Apesar da intenção de Lula de diminuir o ritmo de viagens ao exterior, a presença do presidente é considerada imprescindível em três agendas internacionais: o encontro dos BRICS, em agosto, na África do Sul; a reunião da Assembleia Geral da ONU, em setembro, nos Estados Unidos; e a COP28, em novembro, nos Emirados Árabes Unidos.