Choque de realidade e temor da derrota já aproxima grupos de oposição em Palmas
No 1º encontro estiveram presentes líderes do PV, PDT, MDB, PT e PCdoB.
Líderes oposicionistas começaram a articular a formação de um grande grupo de coalizão para as eleições de novembro à Prefeitura de Palmas. O primeiro encontro ocorreu nessa terça-feira (25) no prédio da Câmara de Vereadores. A reunião ocorreu a portas fechadas, logicamente, mas não era um encontro secreto.
Estavam lá o ex-prefeito de Palmas, Raul Filho (MDB), deputados estaduais Valdemar Junior (MDB) e Ivory de Lyra (PCdB), presidente regional do PDT, prefeito Jairo Mariano; o ex-senador Donizeti Nogueira (PT); e a professora Germana Pires (PCdB), que anunciou recentemente a desistência da sua pré-candidatura a prefeita.
Proposta de grande coalização, encabeçada por Milton Neris
Todos eram convidados do pré-candidato a prefeito de Palmas, o vereador Milton Neris (PDT). Participaram também do encontro os vereadores Moisemar Marinho (PDT) e Erivelton Santos (PV). A presença deste último implica dizer que o pré-candidato a prefeito Marcelo Lelis (PV) estava ciente da reunião ou seria informado logo depois.
O assunto principal, segundo fontes, teria sido a discussão, construção e coalização para uma frente alternativa para Palmas, uma vez que eles consideram que atual gestão está “desconectada do mundo”. Houve, logicamente, discussões de planos de governo, projetos e interesses comuns.
O grupo acredita que a união desses líderes tem potencial de assegurar, no mínimo, 30% dos votos. Pode ser uma projeção pra lá de otimista, contudo, não há dúvidas de que uma coligação com PV/PDT/MDB/PT/PCdoB tenha, realmente, uma boa musculatura política.
PSB metropolitano, Andrino e Amastha não tem interesse em fazer parte do grupo
Segundo fontes do AF, o vereador e pré-candidato a prefeito Tiago Andrino (PSB) também teria sido convidado para se juntar ao grupo. Entretanto, ele agradeceu, mas recusou o convite. Naquele momento, ele estava no parlamento participando de uma reunião da CCJ.
Segundo informações apuradas, o chefe do PSB no Tocantins, Carlos Amastha, estaria de olho numa possível aliança com uma “velha aliada”: a deputada estadual Vanda Monteiro (PSL). Ela foi uma figura importante e colaborativa para o segundo mandato de Amastha como prefeito de Palmas. Por isso, o desinteresse em debater com o grupo que estava reunido na sala ao lado, além da declarada antipatia do ex-prefeito por Raul, Lelis e Neris.
Choque de realidade e temor da derrota aproxima grupos políticos
Ao que parece, a oposição resolveu – pelo menos – conversar e avaliar propostas e projetos. Entenderam, talvez, que a pulverização de candidatos – principalmente nas cidades que não tem 2º turno – favorece quem está sentado na cadeira de prefeito, ocupando o cargo.
O AF apurou que na próxima sexta-feira (28) está programada outra reunião, em local e horário ainda não definido, com a participação dos políticos já mencionados, além de outros interessados, para mais debates e construções. Como diz o velho ditado: “camarão que dorme a onda leva”. A oposição, pelo jeito, acordou.