Chico Buarque participa de ato com Lula em BH e avisa: ‘amanhã vai ser outro dia’ (vídeos)
Cantor e compositor carioca está na capital mineira para a turnê "Que tal um samba?" e aproveitou para acompanhar Lula no ato político deste domingo
247 – O cantor e compositor Chico Buarque de Holanda participou do ato de campanha do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (9) em Belo Horizonte.
De cima do carro de som ao lado de Lula e apoiadores do ex-presidente em Minas, Chico Buarque fez alusão a “Apesar de você”, composição de 1970, que se tornou um dos hinos contra a Ditadura Militar, e disse que “amanhã vai ser outro dia”. “Meu abraço ao nosso presidente Lula, nossa profunda gratidão a ele, que vai nos tirar desse buraco”, disse Chico, que está na capital mineira para a turnê “Que tal um samba?”, com shows na capital mineira desde quinta-feira (6) e com encerramento neste domingo (9).
“Confiança de que esse governo que está aí (governo Bolsonaro), com tudo que tem de mais tenebroso, vai passar”, declarou Chico Buarque, em cima do trio elétrico, ao lado do candidato petista, na Praça Tiradentes, no bairro Funcionários, Região Centro-Sul. A cantora paulistana Mônica Salmaso, que acompanha Chico as apresentações da nova turnê, também esteve presente no ato.
Confira vídeos da participação de Chico Buarque no ato com Lula em Belo Horizonte.
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Lula diz que concluirá hospital regional de Divinópolis e duplicará BR 381
Em entrevista coletiva na manhã deste domingo (09/10), em Belo Horizonte (MG), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, se eleito, vai fazer parceria com o governo de Minas Gerais para concluir o hospital regional que está com as obras paradas na cidade de Divinópolis, na região oeste, distante cerca de 130 quilômetros da capital.
O ex-presidente contou sobre encontro com ex-prefeito da cidade, com quem construiu uma faculdade de medicina na cidade mineira. Agora, a demanda, segundo ele, é por um hospital universitário, para ser usado pelos mais de dois mil alunos da faculdade. Lula sugeriu que o hospital regional poderá funcionar como hospital-escola.
“Não conheço o governador Zema, mas sei que ele foi eleito em primeiro turno. Se eu for eleito, ou ele vai a Brasília ou eu venho conversar com ele porque a gente vai acabar esse hospital-escola para prestar serviço à região de Divinópolis. Num país que precisa de saúde, não podemos deixar um hospital parado”, afirmou.
Na coletiva, Lula lembrou do compromisso assumido no primeiro turno de duplicar a BR 381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares. “Quando fui a Ipatinga eu assumi o compromisso de, se ganhar as eleições, teremos prazer de transformar a estrada da morte em estrada da vida”. Em outro momento de conversa com os mineiros, afirmou que terá cuidado especial com a Serra do Curral.
Harmonia entre entes federados
O ex-presidente destacou a necessidade de bom relacionamento entre os entes federados e disse que quem tem um mandato não deve fazer distinção. “Não quero saber de que partido é o governador e o prefeito. Se ele foi eleito, tem que ser tratado com dignidade, com respeito e com decência. Foi assim que eu tratei prefeitos e governadores durante oito anos”, afirmou.
Lula disse também que um presidente precisa atuar como se fosse um maestro regendo uma orquestra e convivendo com prefeituras e estados da forma mais harmoniosa possível e tendo consciência de que os problemas que precisam de solução são pertinentes às cidades, que é onde as pessoas moram. Na saúde, na educação, no transporte e na segurança pública, o problema está nas cidades.
“Não é possível um presidente achar que consegue governar sem levar em conta a relação com as cidades”, disse, lembrando que em seus governos, havia uma sala de prefeitos na Casa Civil e nas superintendências regionais da Caixa para que os gestores tivessem diálogo direto com a instituição, sem precisar de intermediação de parlamentares de Brasília.
“É esse país harmonioso entre governo federal, governo estadual e governo municipal que a gente tem que prometer e garantir que vai acontecer”, disse.
Lula lembrou das parcerias que teve como Aécio Neves, que governou Minas quando ele era presidente, e com o prefeito de BH, cidade tratada com carinho tanto por ele, como pela ex-presidenta Dilma Rousseff.
Legado
Lula agradeceu os votos de todos os mineiros no primeiro turno. Ele lembrou o legado dos governos petistas na cidade, com investimentos da ordem de R$ 14,3 bilhões, dos quais R$ 11,9 bilhões em obras de infraestrutura e R$ 2,4 bilhões só do Minha Casa Minha Vida, que teve mais de 31 mil casas populares contratadas na cidade.
Em Minas, foram 443 mil casas contratadas e mais 328 mil entregues pelo maior programa habitacional da história do país. Apenas na faixa 1, voltada para as famílias de baixa renda, foram 141 mil casas contratadas e 98 mil entregues.
Além disso, houve reforma e ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto de Confins e concessão de um novo terminal, com ampliação da pista e do pátio. Nas rodovias, foram duplicados trechos das BRs 050, 262, 040 e 153, e concedidos trechos da 381 e da 040. Houve ainda ampliação do metrô, criação do BRT e corredores de ônibus em vias importantes da capital.
Foram feitas ainda 78 obras de urbanização em áreas de risco de 48 municípios; 28 intervenções contra enchentes, em dez municípios, e 115 obras de abastecimento de água e 224 de esgotamento sanitário. Houve, ainda, modernização da Refinaria Gabriel Passos e construção de quatro usinas hidrelétricas.
Parcerias
Presente na coletiva, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, defendeu a eleição de Lula para que a capital mineira volte a ter parcerias profícuas para a realização de obras importantes para a cidade. Segundo ele, na conjuntura atual, Belo horizonte está abandonada, sofrendo de carência de ações do estado, sem receber nada dos governos estadual e federal.
“Belo Horizonte precisa estar junto com o candidato Lula porque, com certeza, ele fará com que Belo Horizonte volte a receber parcelas de recursos para construir casas populares, combater as enchentes, resolver o problema do anel, resolver uma série de problemas. Precisamos construir casa popular e não temos dinheiro porque não temos dinheiro do governo federal”, disse o prefeito.