Celso Amorim: teste agora é a liberdade de Lula
Embaixador Celso Amorim, chanceler no governo Lula, afirmou que temos agora um grande teste para o Brasil: ver o que vai acontecer depois do vazamento das mensagens de Moro e Deltan na Lava a Jato; “Esse grande teste se chama liberdade do Lula e quando digo isso, não falo que é para ele ser presidente amanhã. Mas sim que o Lula é absolutamente indispensável para um diálogo nacional, verdadeiro, profundo e autêntico no Brasil nesse momento. Não se pode colocar na cadeia essa consciência que representa uma grande parte do Brasil.
247 – O embaixador Celso Amorim, Ministro das Relações Exteriores durante o governo Lula, afirmou à Estação Sabiá que temos agora um grande teste para o Brasil: ver o que vai acontecer depois do vazamento das mensagens de Moro e Deltan na Lava a Jato. “Esse grande teste se chama liberdade do Lula e quando digo isso, não falo que é para ele ser presidente amanhã. Mas sim que o Lula é absolutamente indispensável para um diálogo nacional, verdadeiro, profundo e autêntico no Brasil nesse momento. Não se pode colocar na cadeia essa consciência que representa uma grande parte do Brasil”.
Amorim falou sobre sua passagem pela presidência da Embrafilme em 1979, sua experiência com o cinema brasileiro e a importância do apoio do estado à produção cultural de uma nação. Contou que foi exonerado da direção da Embrafilme depois que aprovou a distribuição do filme Pra frente Brasil, de Roberto Farias, em plena ditadura militar. O filme mostrava cenas de tortura protagonizadas pelo ator Reginaldo Faria.
O protagonismo internacional do Brasil na época do governo Lula foi destacado por Amorim, que revelou como o governo brasileiro era procurado por líderes internacionais, incluindo por Barack Obama, para pedir sua mediação em questões políticas mundiais. E salientou o acordo de Teerã.
“Quando alguém no Brasil tenta fazer uma política externa independente, não só política externa, mas também em relação à riqueza do país, à sua soberania, e ao mesmo tempo busca uma maior igualdade social, aí não dá porque você cria uma aliança da elite com os interesses internacionais, que inclui a grande mídia, mas também parte da classe média. Assista à íntegra da entrevista de Celso Amorim com Regina Zappa.