Caso Queiroz: TJ mantém quebra de sigilo bancário de Flávio Bolsonaro
Essa é a terceira derrota do filho do presidente na tentativa de impedir a quebra de sigilo de seus dados
O pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para suspender a quebra de sigilo fiscal e bancário foi negado, nesta terça-feira 25, pelo desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. É a terceira derrota do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na tentativa de impedir a quebra de sigilo de seus dados.
A investigação diz respeito às suspeitas de movimentações atípicas nas contas de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O caso foi aberto após divulgação de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O documento também aponta suspeitas sobre as transações em depósitos e saques em dinheiro vivo.
Ainda há possibilidades de recurso da decisão ao plenário da 3ª Câmara. Os sigilos de seus dados foram quebrados em abril. Flávio Bolsonaro é investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, durante o período entre 2007 e 2018.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada em maio deste ano, o senador chegou a defender que a investigação fosse anulada. Segundo ele, o MP estaria preparando uma manobra para dar “verniz de legalidade” à investigação, conseguindo na Justiça a quebra do seu sigilo bancário. O MP-RJ reagiu, em nota, acusando Bolsonaro de “direcionar esforços” para interromper as investigações.
O parlamentar segue em sua estratégia para se desviar das acusações. Há alguns dias, fez alterações em sua bancada de defesa. Considerado “bolsonarista raiz”, o criminalista Frederick Wassef entra com a expectativa de atuar não somente na esfera criminal, mas também em meios de comunicação.