Campanha de Eli sofre um baque: sem apoios, produtora e agência param de trabalhar
Campanha vinha bem, mas recuo do Palácio se fez sentir com retirada de apoio de empresários que bancariam despesas na área de comunicação. Produtora paralisa programas e outros fornecedores param
O deputado federal Eli Borges, que vinha bem na movimentação de rua, sofreu um revés enorme na sua campanha neste começo de semana, conforme informações apuradas pelo Blog.
A produtora que vinha fazendo o material de campanha para TV e redes sociais parou de trabalhar e desmobilizou equipe. O apoio para estes custos foi suspenso após empresários ligados ao Palácio perceberem o recuo da cúpula governista com relação a Eli Borges. Agência de publicidade – a TV 3, do publicitário Linconl Júnior – e fornecedores também teriam parado.
O problema, conforme apuramos, é o que antecipou o Paralelo 13 em artigo publicado no começo da semana. Eli Borges fez um compromisso com Carlesse e não cumpriu: o de se afastar por 121 dias permitindo a posse do suplente, Lázaro Botelho, com quem o governador tem compromisso.
“Eli fez o compromisso, deu a palavra, foi para casa, pensou e mudou de idéia”, confidenciou uma fonte ao Blog.
O motivo seria o entendimento do candidato de que precisa estar próximo da bancada evangélica em Brasília para equilibrar o apoio do senador Eduardo Gomes, líder de Bolsonaro, à prefeita Cinthia Ribeiro.
Ao descumprir a palavra dada, o deputado afastou o núcleo palaciano (e os que gravitam à sua volta), de sua campanha.
Tenente Célio, o elemento desagregador
Mas a falta de dinheiro para cumprir os compromissos na área de comunicação e outros, não é o único problema de Eli, que vinha avançando passo a passo em busca dos votos oposicionistas.
Seu coordenador de campanha, Tenente Célio, também não colabora. É o que se ouve nos bastidores da campanha de vereadores, por exemplo. Com o discurso de que Eli precisa dos votos dos evangélicos, organizados pelos pastores, Célio estaria obstaculando inclusive a participação do candidato em reuniões de vereadores.
O desprestígio dos candidatos a uma vaga na Câmara também vem azedando o clima. Mas não é só. Convidados pelo staff do candidato para uma reunião na casa do candidato a vice, Joseph Madeira, os proprietários de veículos de comunicação passaram duas horas expondo problemas da área e pautas de reivindicação, sem que o candidato chegasse.
A deselegância é creditada também na conta do coordenador da campanha, que teria desaconselhado Eli Borges a comparecer. Toda a reunião foi conduzida por Madeira.
Tenente Célio se propôs, na falta da produtora, a seguir a campanha coordenando ele mesmo uma equipe para produzir os programas. Assim assume também o papel de marqueteiro, aumentando consideravelmente o desgaste e afastando pessoas próximas do candidato, e que vinham colaborando com a campanha.
Retirada de apoio a Eli pode beneficiar Vanda
Abrindo da campanha de Eli, a tendência de auxiliares de Carlesse é abraçar a campanha de Vanda Monteiro. “Ela foi quem mais recebeu recursos, tem mais dois milhões prometidos, e vai poder ajudar na campanha dos candidatos a vereador”, disse uma fonte ouvida pelo Blog, que prefere não ser identificada.
Como eu disse lá atrás: a campanha é um jogo jogado dia após dia. Ainda é cedo para descartar o nome de Eli desta disputa, mas a tendência é que a campanha sofra com os recuos deste começo da semana. E no seu vácuo, outros sejam beneficiados.