RIO – Em participação no Programa do Ratinho, no SBT, na noite desta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro , afirmou que existe a possibilidade de o governo trocar as cédulas de R$ 50 e R$ 100. Segundo ele, a proposta existe, mas depende do aval da economia para saber se é viável.
O presidente, porém, não explicou como seria feita essa troca e por que motivo o governo adotaria essa medida. Apenas que a ideia chegou a seu “conhecimento”.
– Chegou ao nosso conhecimento mudar as notas de R$ 100 e R$ 50 no prazo de um ano. Daí quem tem dinheiro guardado por aí vai ter de se virar. Vai no mercado, bota pra rodar esse recurso – afirmou.
Em maio, circulou pelas redes sociais a informação de que Bolsonaro teria determinado a mudança nas cores das notas de rea l até o fim desde ano para punir criminosos que lavam dinheiro. A mensagem que circulou nas redes sociais, no entanto, foi logo desmentida pelo Palácio do Planalto .
O Ministério da Economia esclareceu, à época, que é a diretoria de Administração do BC quem propõe ao Conselho Monetário Nacional (CMN) eventuais alterações nas características das cédulas e moedas em circulação no Brasil. Mas, segundo o Ministério da Economia afirmou na ocasião, não havia nenhum pedido do BC neste sentido.
Em relação à reforma da Previdência, o presidente admitiu que o governo ainda não tem o número de votos suficientes para aprovação da matéria na Câmara . No entanto, afirmou sentir que mesmo os deputados mais “reticentes” estão cedendo pela aprovação.
– A Câmara está cumprindo os prazo regimentais, mas sabe que tem ruídos e, por enquanto, eu acho que não temos os 308 votos necessários. Agora, estou à disposição deles. Se é para conversar comigo, eu viro noite para conversar sem problema nenhum. Agora, a bola está com o Parlamento — disse.
Ao ser questionado por uma espectadora o motivo pelo qual mudou de ideia, já que não era a favor da reforma duranteo governo Temer, o presidente afirmou que passou a apoiá-la após assumir o cargo e ter acesso aos números do Orçamento do país.
Previdência: Reforma pode incluir apenas servidores de estados mais endividados e com maior proporção de idosos
Municípios: Um terço das cidades brasileiras tem mais aposentados do INSS que trabalhadores formais
Mais cedo, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, o ministro Paulo Guedes reafirmou a importância da aprovação da reforma como a única forma de “fazer o país andar”.
— Só aprovando essa reforma, botamos o país para andar. Se aprovarmos a nova Previdência (a capitalização), vamos dar um choque de emprego na juventude — afirmou o ministro. — A Previdência está aprisionando o Brasil num desemprego em massa. São 40 milhões de brasileiros excluídos do seu emprego.