Bolsonaro compartilha vídeo e ataca vice-presidente da CPI
Vídeo mostra senador Randolfe Rodrigues fazendo apelo à Anvisa pela aprovação da Covaxin, imunizante indiano contra a covid-19
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou um vídeo nas redes sociais nesta segunda-feira (19) e atacou o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A publicação contém um vídeo e uma legenda. “Olha quem queria comprar a Covaxin sem licitação e sem a certificação da Anvisa. O senador Randolfe negociou, em 5 de abril de 2021, até mesmo a quantidade de vacinas: 20 milhões”, escreveu Bolsonaro.
No vídeo, o vice-presidente da CPI faz um apelo à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para realizar a análise e, se for o caso, a aprovação da Covaxin, vacina indiana contra a covid-19.
“Nós não podemos tratar tempos de guerra com os mesmos parâmetros de tempos de paz. Eu apelo a Anvisa o quanto antes possível, de imediato, que nós temos que ter o autorizo para ampliar o nosso arsenal de vacinantes”, diz Randolfe nas imagens.
“A Covaxin, por exemplo, já tem disponibilizada para agora 8 milhões de doses de vacina e 20 milhões até 20 de maio. Ou seja, seria mais uma opção para ampliar o nosso arsenal de enfrentamento. Temos que tomar todas as medidas. Cada um tem que fazer a sua parte, mas em especial o poder público, os governos e fundamentalmente a Anvisa”, completa.
Bolsonaro escreveu também que Randolfe trabalhou, via emendas, para que governadores e prefeitos pudessem comprar vacinas e que o presidente da República “paga a conta, obviamente”.
Nas redes sociais, Randolfe disse que “é lógico que queria vacina o mais rápido possível”. “Salvar vidas, pra gente, não é brincadeira e não é algo que se negocie com intermediários. Queria a Janssen, a Covaxin, a AstraZeneca, a CoronaVac, a Pfizer… Nossa diferença é grande: eu queria vacina. Vocês queriam propina”, afirmou.
O vice-presidente da CPI contou ainda que colocou emenda porque o governo federal “sempre foi contra a vacina”, disse que quem paga a conta não é Bolsonaro e, sim, o povo. “Nosso trabalho é para garantir que todos tenham acesso às vacinas. Nosso objetivo é salvar vidas. Quem paga a conta não é você, Bolsonaro. É o povo! A única conta de vocês é a propina.”