Alckmin diz estar ‘muito otimista’ com reação à MP de incentivo à indústria automotiva
Vice reiterou o compromisso do governo com as mudanças climáticas diante das críticas ao programa por beneficiar carros que também rodam a gasolina
No dia seguinte ao anúncio das medidas do governo para baratear os preços dos veículos, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, participou, nesta terça-feira (6), da apresentação da Anfavea, a associação das montadoras, dos resultados do setor no mês passado. Em intervenção curta, Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, disse estar “muito otimista” com a reação do mercado após a publicação, nesta terça, da medida provisória (MP) que liberou crédito tributário para baratear carros, caminhões e ônibus.
A MP, pontuou o vice-presidente, já está valendo.
Ao considerar a medida “inteligente”, por atrelar os descontos a critérios de eficiência energética, conteúdo nacional em uma cadeia muito longa e preços – quanto menor o valor do carro, maior o desconto -, Alckmin afirmou que o anúncio traz também confiança de preservação de empregos, após os mais de mil cortes de vagas nas montadoras durante o mês passado, e fortalecimento da indústria.
Ele reiterou o compromisso do governo com as mudanças climáticas diante das críticas ao programa por beneficiar carros que também rodam a gasolina. Nesse ponto, Alckmin observou que o Brasil tem uma frota de carros envelhecida, que emite 23 vezes mais.
O vice-presidente lembrou ainda que o aperto nas regras de emissões aos veículos a diesel encareceu o preço de caminhões e ônibus mais eficientes. Isso representava um risco de a frota desses veículos ficar ainda mais velha e, consequentemente, mais poluente e menos segura, disse Alckmin quando explicou a inclusão de veículos de carga e de transporte coletivo no programa.
Para mostrar que o governo também age para melhorar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior, o ministro da Indústria lembrou que, no mês passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou uma linha de R$ 4 bilhões a exportadores a um custo “bem mais baixo”.