Redução de BO’s na Delegacia da Mulher devem-se ao isolamento social com os próprios agressores, diz delegada-chefe
O período de pandemia da covid-19 tem provocado várias mudanças sociais e na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Palmas também há reflexos. Segundo a delegada-chefe da 1ª DEAM de Palmas, Lorena Josephine, apesar de a unidade policial ser uma das com maior volume de atendimento da capital, o número de Boletins de Ocorrência reduziu, e uma das razões é justamente o isolamento. “Percebemos que houve uma diminuição no número de registro de Boletins de Ocorrência e acreditamos que isso se deve ao isolamento social, eis que vítima e agressor estão passando muito mais tempo juntos e, em razão disso, surge uma maior dificuldade em sair de casa e fazer a denúncia”, afirma.
A delegada reforça que mesmo durante esse período, mulheres que estejam sendo vítimas de violência doméstica, bem como qualquer pessoa que conheça uma mulher que esteja sendo vítima, devem saber que as delegacias de todo o Estado estão aptas a receber quaisquer denúncias e, em Palmas, além das DEAM’s, a Central de Atendimento à Mulher funciona 24h por dia e em casos de emergência a Polícia Militar pode ser acionada pelo número 190. Denúncias anônimas podem ser feitas pelo número 180.
Desafios
A delegada-chefe elencou dois principais desafios durante o período de isolamento. Primeiro o de “gerenciar os poucos recursos materiais, como equipamentos de proteção individual e produtos de limpeza adequados para continuar o atendimento ao público, expondo o mínimo possível os servidores e a população atendida. E a outra dificuldade, compartilhada com os demais órgãos de proteção à mulher, é informar e conscientizar as vítimas e a população em geral de que, mesmo durante o período de isolamento social, a Polícia Civil e os demais serviços de proteção às mulheres estão sendo realizados e que as vítimas não só podem como devem, denunciar quaisquer práticas delitivas”.