Polícia Federal aponta que Bolsonaro sabia de fraude em cartão de vacinação
Na representação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), por conta da operação Venira, a Polícia Federal apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento das fraudes que estavam ocorrendo no seu cartão de vacinação.
A PF apontou que não só Bolsonaro, como Mauro Cid e Marcelo Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta da vacinação no cartão de Bolsonaro.
“Os elementos informativos colhidos demonstraram coerência lógica e temporal desde a inserção dos dados falsos no sistema SI-PNI até a geração dos certificados de vacinação contra a Covid-19, indicando que Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Cid e, possivelmente, Marcelo Costa Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento”, diz a representação.
O documento detalha o passo a passo das alterações no cartão de vacina do ex-presidente dias antes de sua viagem para os Estados Unidos, no final de 2022. No documento, a PF aponta que os registros foram feitos nos dias 21 e 22 de dezembro com datas de imunização em 13/08 e 14/10 do ano passado. Já sua filha, Laura, também teve seus dados alterados nessas datas, com imunização registrada em 24/07/2022 e 13/08/2022.
“De acordo com as informações do Ministério da Saúde, geralmente os dados são comunicados de forma imediata ao sistema do Ministério da Saúde, causando estranheza o hiato temporal tão acentuado entre as datas de imunização e de registro no sistema”, disse o documento.
Ao todo, seis pessoas foram presas na operação.