Operação da PF investiga possíveis preparativos de atos terroristas
Homem foi preso durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em Maringá (PR)
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta 5ª feira (2.set.2021) uma operação para investigar “possíveis atos preparatórios de terrorismo”. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, 1 homem foi preso e apreendida 1 espingarda calibre 32 e “muitos simulacros de arma”, objeto que se assemelha à arma de fogo, mas não é.
As investigações da polícia apontam que o jovem foi recrutado e radicalizado pela internet depois de adotar uma visão religiosa extremista e violenta, “com potencial para provocar atos definidos em lei como terrorismo“.
“A PF apurou que o indivíduo vinha mantendo contato direto com radicais islâmicos no exterior, manifestando intenção de viajar para outros países, como o Iraque, e incorporar-se a organizações terroristas”, disse em nota.
Ainda segundo a corporação, o homem publicou vídeos em grupos na internet em que aparecia encapuzado, exibindo armas, munição, rádio comunicador, cédulas de dólares, entre outros objetos. Os investigadores afirmam que, nas imagens, o jovem proferiu “conteúdo extremista” e manifestou “desejo de executar mortes de inocentes em uma ação suicida”.
“A investigação constatou que o preso possui treinamento para o manuseio e emprego de armas, além de motivação (radicalismo religioso) e meios (armas e munições), podendo a qualquer momento ou oportunidade fechar o ciclo para a consumação de ato terrorista”, declarou a corporação.
A PF também aponta que o preso tem um extenso histórico de registros criminais com crimes de posse de drogas e homicídio qualificado além de condenações por posse irregular de arma de fogo e tentativa de roubo.
As ordens de busca e apreensão foram expedidas pela Justiça Federal de Maringá, no Paraná, e fazem parte de operação batizada como Trastejo, termo que faz referência a “um defeito no braço do instrumento de corda que provoca problemas na emissão do som”. Segundo a PF, o nome escolhido se deu porque o investigado diz ser professor de música nas redes sociais.
A Lei de Enfrentamento ao Terrorismo (Lei n. 13.260/2016) prevê pena de 30 anos de prisão para esse tipo de crime.